Manifestação nas portas das fábricas buscar garantir aumento real nos salários e também acordos coletivos de trabalho
A direção do Sindicato dos Metalúrgicos de Bauru realiza nesta semana uma intensa agenda em diversas empresas para cobrar a negociação do reajuste salarial dos trabalhadores.
Ação dos dirigentes sindicais acontece nas fábricas de bateria da base, que contam com cerca de 1,3 mil metalúrgicos. A entidade usa uma importante faixa na manifestação, a qual diz “esta empresa não quer negociar o aumento real dos salários”.
O presidente dos Metalúrgicos de Bauru, Valdemir Caminaga, explica que a ação se deve ao fato de muitas empresas não terem concedido o reajuste salarial para a categoria.
“Como os grupos patronais não avançaram nas negociações da Campanha Salarial 2023 com a FEM-CUT/SP, muitas empresas se apegam nesse gancho para enrolar os trabalhadores dizendo que estão esperando as bancadas fecharem os acordos”, diz ele.
Caminaga completa que a entidade sindical enviou comunicado para todas as empresas com o objetivo de abrir negociações individuais que garantissem a reposição integral da inflação, aumento real nos salários e acordos coletivos, que estabelece importantes direitos.
A pressão dos Metalúrgicos de Bauru tem dado resultado. Caminaga explica que muitos trabalhadores levaram as reclamações para o Ministério Público do Trabalho, que tem trabalhado na mediação dos acordos com as empresas.
Além disso, a ação da direção sindical tem feito com que as empresas aceitem ir para a mesa de negociação. “Várias empresas estão negociando e outras já concedam o reajuste retroativo, mas ainda estamos buscando aumento real em diversos casos”, conta Caminaga.
Segundo ele, as manifestações estão concentradas nas empresas do Grupo 2. Nos grupos 8 e 10, o Sindicato dos Metalúrgicos de Bauru já garantiu acordo com todas as empresas.