Propostas apresentadas pelas bancadas patronais para Campanha Salarial 2023 não atender às reivindicações dos trabalhadores; entidade destaca que cabe aos patrões evitar uma paralisação

Sem retorno positivo dos empresários nas negociações da Campanha Salarial 2023, a direção da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) protocolou aviso de greve em parte das bancadas patronais nesta segunda-feira, 9. A partir de agora, os patrões têm 48 horas para apresentar propostas que atendam as reivindicações da categoria se quiserem evitar uma paralisação.
Os metalúrgicos cobram a reposição integral da inflação – que nos últimos 12 meses acumula 4,06% de perdas salariais – e aumento real. A categoria também pleiteia a renovação e ampliação dos direitos contidos na Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs).
As negociações deste ano tiveram início em julho e, até o momento, as bancadas patronais não apresentaram propostas de reajuste salarial que garanta a valorização da categoria, com reposição integral da inflação e aumento real nos salários.
A direção da FEM-CUT/SP enfatiza que sempre busca resolver a Campanha Salarial com base no diálogo e na negociação. Porém, diante da intransigência dos patrões, faz-se necessário aumentar a pressão em prol de conquistas.
“Nossa data-base é em 1º de setembro e estamos, a todo momento, trabalhando para garantir a valorização da categoria nas mesas de negociações. No entanto, os patrões se mostram indiferentes às reivindicações dos metalúrgicos e trazem propostas que não contemplam a nossa luta”, destaca o presidente da FEM-CUT/SP, Erick Silva.
Ele completa que a greve é uma ferramenta legal dos trabalhadores e que depende apenas dos patrões evitarem uma paralisação. “Nosso compromisso é sempre garantir avanços para a categoria e vamos lutar até o fim para que isso aconteça. Somos nós, trabalhadores e trabalhadoras, a força que move a produção das empresas e que gera lucro. Por isso, nada mais justo que sejamos respeitados e reconhecidos”.
Para Max Pinho, secretário-geral da entidade, os trabalhadores estão mobilizados e prontos para a luta. “Nossa categoria é unida e bem representada por 13 sindicatos combativos, que não vai medir esforços para mais uma Campanha Salarial vitoriosa. Que os patrões não duvidem nunca da capacidade de organização e de luta dos metalúrgicos e metalúrgicas”.

