De acordo com a direção da FEM-CUT/SP, as negociações chegaram a um impasse: nenhuma das bancadas patronais ofereceu proposta além da reposição do INPC acumulado em 8,83% desde setembro de 2021
Com 8,83% de perdas salariais acumuladas em 12 meses, a Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) e os 13 sindicatos filiados continuam lutando para fechar a Campanha Salarial de 2022 da categoria.
De acordo com a direção da FEM-CUT/SP, as negociações chegaram a um impasse: nenhuma das bancadas patronais ofereceu proposta além da reposição do INPC (8,83%). Além disso, os empresários de alguns grupos querem o parcelamento do reajuste salarial e retirada de importantes direitos das Convenções Coletivas de Trabalho (CCT).
Erick Silva, presidente da Federação, destaca que as propostas apresentadas até agora já foram rejeitadas pelos sindicalistas. “Não há a menor possibilidade de termos a reposição dos salários de forma parcelada. Nosso compromisso com a categoria é buscar o reajuste integral da inflação e também aumento real, sem esquecer de defender os direitos contidos nas CCT’s”.
Para pressionar as bancadas patronais, os 13 sindicatos filiados à FEM-CUT/SP estão realizando assembleias de mobilização. Max Pinho, secretário-geral da Federação, enfatiza a importância da unidade dos metalúrgicos.
“Todas as conquistas que tivemos em outros anos foram fruto do trabalho da FEM e dos sindicatos junto com a união dos trabalhadores, que sempre deixaram claro para os patrões que não aceitaram qualquer retrocesso e, muito menos, a desvalorização salarial. Este ano não está sendo diferente. Em todo estado, os metalúrgicos estão nas portas das fábricas para cobrar um reajuste digno e também a manutenção dos direitos”.
Na quarta-feira, 21, uma nova reunião com a diretoria e o conselho deliberativo da FEM-CUT/SP está marcada para acontecer no ABC. “Será um importante momento para avaliar o andamento da Campanha Salarial e apontar os encaminhamentos a partir de agora. Esse encontro será fundamental para que possamos buscar avanços nas negociações e, em breve, levar as propostas para votação da categoria”, explica Max.
Texto: Imprensa SMetal
Publicação: Comunicação FEM-CUT/SP