Artigo da direção da entidade destaca as negociações da Campanha Salarial e o importante trabalho e mobilização dos sindicatos e da categoria no Estado de São Paulo
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A Campanha Salarial é um importante momento para toda classe trabalhadora, assim como é para a categoria metalúrgica no Estado de São Paulo. É quando a Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP), junto dos 13 sindicatos filiados, defende perante as bancadas patronais as reivindicações das trabalhadoras e trabalhadores da categoria e negocia propostas para os acordos.
Na pauta de reivindicação das Campanhas Salariais sempre está o pedido do reajuste salarial corrigido pelo INPC integral, mais aumento real, além da renovação, ampliação e melhorias dos direitos sociais contidos nas cláusulas das Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs).
São as CCTs que garantem os direitos das trabalhadoras e dos trabalhadores, como o seguro de vida, a segurança no local de trabalho, as horas extras, licença maternidade, auxílio creche, estabilidade pré-aposentadoria, adicional noturno, estabilidade para o acidentado, entre muitos outros que estão além da legislação.
As reivindicações apresentadas aos patrões são construídas e aprovadas antes pelas trabalhadoras e trabalhadores em assembleias nos seus respectivos sindicatos e representam o desejo de mais de 190 mil metalúrgicas e metalúrgicos em milhares de empresas no Estado, com exceção das montadoras que têm negociações à parte.
Cabe à diretoria da FEM-CUT/SP e dos sindicatos filiados defenderem as reivindicações da categoria na mesa de negociação, argumentando e fundamentando cada ponto, sejam cláusulas econômicas ou sociais, até a construção de propostas que podem se tornar acordos, caso sejam aprovadas em assembleias.
Já as trabalhadoras e trabalhadores precisam estar mobilizados e atentos durante todo o processo de negociação, respaldados e orientados por seus representantes sindicais, ao mesmo tempo em que dão respaldo e apoio aos seus negociadores e, seguindo os procedimentos legais, caso seja necessário, podem realizar paralisações ou até greves.
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A FEM-CUT/SP sempre buscou tratar as Campanhas Salariais com muito diálogo, na base de negociações que valorizem as trabalhadoras e os trabalhadores e que respeite as empresas até que possa chegar em propostas de acordos com direitos sociais e econômicos.
O que se vê na Campanha Salarial 2023, infelizmente, é um verdadeiro descaso por parte de alguns representantes das bancadas patronais, que optaram por desrespeitar e descaracterizar a legitimidade desse importante espaço, que é a mesa de negociação coletiva. Essa intransigência, que não reconhece o valor das trabalhadoras e dos trabalhadores, levaram ao desastroso rompimento das negociações neste ano, e claro, não foi aceita e nem tolerada pelas direções da FEM-CUT/SP e dos sindicatos filiados.
Os grupos patronais precisam respeitar a representatividade da FEM-CUT/SP, entender que as entidades sindicais filiadas foram eleitas por milhares de trabalhadoras e trabalhadores estado afora e, por isso, tem legitimidade nas mesas de negociações, como acontece em todos os anos nas Campanhas Salariais.
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Os representantes patronais dizem não ser possível chegar no patamar de aumento salarial reivindicado pela categoria, mas os sindicatos em todo o Estado de São Paulo mostram que a realidade é contrária. Com muita organização e mobilização, os dirigentes sindicais realizam negociações com as empresas e, com isso, vêm garantindo inúmeros acordos com o reajuste integral da inflação e aumento real reivindicado pela categoria.
Ora, se as empresas aceitam negociar e ceder o aumento real, a pergunta que fica é: por que as bancadas patronais ainda resistem em avançar nas propostas para atender a categoria?
Esse é o ponto que a direção da FEM-CUT/SP tem defendido nas mesas de negociações e buscado, a todo custo, avançar nas propostas com aumento real e nas Convenções Coletivas de Trabalho. A valorização de todas as metalúrgicas e metalúrgicos da base da entidade só será completa quando as bancadas patronais cederem e aceitarem fechar acordos na mesa de negociação com a FEM-CUT/SP.
Nesse meio tempo, é preciso destacar o importante trabalho dos sindicatos filiados, que seguem resistentes, organizando e mobilizando a categoria. Esse trabalho de base, que teve a chama reacendida nesta Campanha Salarial, deve ser contínuo e intenso, fazendo com que as trabalhadoras e trabalhadores assumam o protagonismo da luta por valorização salarial, ampliação dos direitos e fortalecimento dos seus sindicatos.
A direção da FEM-CUT/SP muito se orgulha de seus dirigentes e dos sindicatos filiados, que não perderam a oportunidade para mostrar a quem duvidou que a força e a capacidade das metalúrgicas e metalúrgicos continuam intactas. A entidade tem a certeza de que esse foi o melhor caminho para chegar à vitória dessa Campanha Salarial.
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A direção