FEM-CUT/SP e sindicatos filiados se reuniram na última quarta-feira, 21; sindicalistas prometem intensificar mobilização em todo estado nessa semana
A Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) e os 13 sindicatos filiados estabeleceram prazo até o dia 30 de setembro para as bancadas patronais melhorarem as propostas para a Campanha Salarial de 2022. A deliberação dos sindicalistas aconteceu em reunião realizada na quarta-feira, 21, no ABC.
De acordo com Erick Silva, presidente da FEM-CUT/SP, até o momento, as propostas apresentadas pelas bancadas patronais não atendem as reivindicações apresentadas nas mesas de negociações.
“Os metalúrgicos de todos os sindicatos filiados à Federação aprovaram uma pauta com reivindicações que serviu de parâmetro para nossas negociações com o patronal e, até agora, o que os empresários apresentam não atendem aos anseios da categoria”.
Erick completa que tanto a FEM quanto os sindicatos já sinalizaram que, da maneira que estão, as propostas devem ser reprovadas. “Temos um novo prazo, até 30 de setembro para que as bancadas patronais tragam melhorias nos acordos. Do contrário, dia 30 a categoria irá votar essas propostas e nosso encaminhamento será pela rejeição, seguida de aviso de greve”.
Para Max Pinho, secretário geral da Federação, todos os argumentos já foram colocados na mesa de negociação, que um novo elemento a ser apresentado para os patrões será a greve, já que o momento é decisivo. “Em todas as rodadas de negociações a diretoria da FEM esgotou todos os argumentos, com base na realidade dos trabalhadores e com base nas estatísticas do custo de vida em São Paulo. Em 12 meses, tivemos 8,83% de perdas com a inflação e sabemos bem o quanto o custo de vida está pesando no bolso dos trabalhadores. É fundamental que o reajuste salarial compense todas essas perdas e traga tranquilidade para o pai e mãe que precisa sustentar suas famílias. Por isso, precisamos de muita unidade e mobilização dos metalúrgicos para pressionar os patrões e chegarmos a mais uma Campanha Salarial Vitoriosa”.
O presidente do sindicato dos metalúrgicos do ABC, Moisés Selerges, falou que se os patrões não melhorar as propostas, os trabalhadores já estão prontos para greve. “Não tem segredo, ou os patrões melhoram as propostas até dia 30, ou aprovamos o aviso de greve e começamos uma luta em toda categoria”, disse Moisés.
Também falaram na reunião os companheiros Cláudião, presidente do sindicato de Taubaté, Izídio, secretário de organização do sindicato de Sorocaba, Alexandro, presidente do sindicato de Salto, Andrezão, presidente do sindicato de Pinda, Timóteo, presidente do sindicato de Monte Alto, Manoel, presidente do sindicato de Itu, Claudionor, secretário Geral do sindicato do ABC e outros dirigentes da Federação e dos sindicatos filiados.
Redação: Imprensa SMetal
Edição e publicação: Comunicação FEM-CUT/SP