Dado leva em consideração o INPC desde a última data-base, em setembro de 2022; FEM-CUT/SP realiza nova rodada de negociação nesta semana
Os trabalhadores da base da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) tiveram 4,06% de perdas salariais nos últimos 12 meses. O dado leva em consideração o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) desde a última data-base, em setembro de 2022.
A Campanha Salarial 2023 está em andamento e a direção da FEM-CUT/SP já negocia com as bancadas patronais. A luta da entidade é garantir a reposição integral da inflação – os 4,06% – e também aumento real nos salários dos metalúrgicos. Além disso, os dirigentes sindicais buscam a renovação e ampliação dos direitos contidos nas Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs).
Para o presidente da FEM-CUT/SP, Erick Silva, é fundamental para a classe trabalhadora que a inflação esteja sob controle.
“Nos últimos meses, a inflação ficou mais baixa, apesar de não estar no patamar que esperamos. Isso significa que o custo de vida ficou mais barato e dá para perceber isso quando a gente abastece o carro ou vai ao supermercado, ainda que alguns itens das cesta básica esteja acima do desejado. Mas o ponto é que já tem mais dinheiro no bolso do trabalhador. O trabalho do governo Lula já mostra resultado em garantir que a população tenha melhores condições de vida. Inflação alta não é boa para ninguém e vimos isso no ano passado”, enfatiza ele.
Reuniões marcadas
Nesta semana, a direção da Federação se reúne com parte das bancadas patronais para mais uma rodada de negociação da Campanha Salarial 2023. Nesta terça-feira, 12, foram realizadas duas reuniões com o Siescomet e o Sindratar.
No dia 13, quarta-feira, estão previstas negociações com o G8.3 (Simefre, Siamfesp e Sinafer) e Sifesp. Já na quinta-feira, 14, o encontro será com o Siniem (estamparia) e Sindicel.
Max Pinho, secretário-geral da FEM-CUT/SP, destaca a importância das negociações. “Sempre falamos que negociar com os patrões não é uma tarefa fácil. Buscar a valorização dos metalúrgicos, seja com aumento real nos salários seja com os direitos das CCTs, é um desafio todo ano. Nada vem de graça e os empresários não são bonzinhos. Precisamos de muita firmeza nas mesas de negociações para garantir o que é de direito da categoria. Este ano, não tem sido diferente”.
Mobilização
Os 13 sindicatos filiados à FEM-CUT/SP iniciaram nesta semana uma intensa mobilização nas suas respectivas bases para abordar a Campanha Salarial 2023.
“Vamos para as portas das fábricas, conversar com as nossas bases e mostrar que somos unidos e fortes para buscar o reajuste salarial que merecemos, além dos direitos fundamentais para todos nós. Os patrões não devem, jamais, duvidar da capacidade de luta dos metalúrgicos”, diz Adilson Faustino (Carpinha), secretário de administração e finanças da FEM-CUT/SP.
Imprensa FEM-CUT/SP