Negociações com as bancadas patronais ainda não chegaram a um acordo sobre o reajuste salarial da categoria
A direção da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) e os 13 sindicatos filiados se reúnem nesta terça-feira, 26, em uma reunião extraordinária. O objetivo do encontro é avaliar o andamento e definir os próximos passos da Campanha Salarial 2023.
A FEM-CUT/SP já realizou rodadas de negociações com todas as bancadas patronais, menos com o Grupo 10 (micro e pequenas empresas) que, desde 2017, vem se recusando a negociar a Campanha Salarial dos metalúrgicos.
Até o momento, não houve avanço nas negociações referentes ao reajuste salarial da categoria. Alguns empresários ofertaram apenas o INPC do período, que está em 4,06%, mas outros nem isso ainda ofereceram.
Ambas as propostas não foram aceitas pela FEM-CUT/SP, que luta pela reposição integral da inflação e aumento real nos salários dos metalúrgicos. Além disso, a entidade cobra a manutenção e ampliação dos direitos contidos nas Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs).
Nas negociações das cláusulas sociais, há sinalização positiva por parte de algumas bancadas patronais em atender as reivindicações da categoria. No entanto, outros grupos questionam e querem mudanças em cláusulas pré-existentes, além de apresentarem novas medidas.
O presidente da FEM-CUT/SP, Erick Silva, destaca que esses pontos têm tornado as negociações mais difíceis. “Negociar com os patrões nunca é uma tarefa fácil, mas temos o compromisso de buscar a valorização dos metalúrgicos nos salários e nos direitos. Estamos num momento crucial da nossa Campanha Salarial e a união e mobilização dos trabalhadores será fundamental para termos conquistas”.
Os sindicatos filiados à FEM-CUT/SP em todo o estado de São Paulo já iniciaram uma intensa mobilização nas portas das fábricas. A ação das entidades sindicais será ainda maior a partir desta semana.
Imprensa FEM-CUT/SP
