
A Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM-CUT/SP) entregou, nesta sexta-feira, dia 3, a pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2022 para o setor patronal, nas sedes da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e também do Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores).

Com o tema “Juntos pela Reconstrução dos Direitos, dos Salários, da Democracia e do País”, a campanha traz entre as linhas centrais de luta deste ano os seguintes eixos: reposição da inflação; aumento real; valorização dos pisos; valorização da CCT; manutenção dos direitos e reindustrialização do País.

De acordo com o presidente da FEM-CUT/SP, Erick Silva, nesta sexta, dia 3, foram entregues as pautas de reivindicação para nove dos 11 sindicatos patronais – para o Sindifupi e Siniem, que não participaram da solenidade, o documento será protocolado na próxima semana.
As bancadas do Grupo 3 (peças, parafusos e forjarias), Sifesp (fundição), Sindratar (refrigeração, aquecimento e tratamento do ar) e Sindicel (condutores elétricos, trefilação e laminação de metais não ferrosos) têm as cláusulas sociais garantidas até 31 de agosto de 2023 e serão discutidas as questões econômicas.
Já nas bancadas do Grupo 2 (máquinas, equipamentos elétricos e eletroeletrônicos), Siniem (Estamparia de Metais), Sindifupi (funilarias e pintura), Grupo 8.2 (trefilação e laminação de metais ferrosos e de esquadrias e construções metálicas) e Grupo 8.3 (de ferros, metais e ferramentas em geral, de artefatos de metais não ferrosos e de equipamentos ferroviários e rodoviários), a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) perde a vigência neste ano, portanto, além da questão econômica, será debatida a renovação das cláusulas sociais.
Junto às pautas de reivindicações, a Federação e os Sindicatos filiados propõem uma agenda de negociação com as bancadas patronais. “Mais do que nos anos anteriores, a reposição da inflação é algo que está pesando muito na vida dos trabalhadores e das trabalhadoras, por isso a pressão em dar início às negociações o quanto antes. Aumento real é a nossa pauta de sempre e precisamos avançar também na valorização dos pisos”, reforça o presidente da FEM-CUT/SP, Érick Silva.

Inflação está acumulada em 8,66%
Em apenas oito meses desde a última data-base – setembro de 2021 – o salário dos metalúrgicos já foi desvalorizado em 8,66%. No mesmo período do ano passado, a inflação da data-base estava acumulada em 6,68%.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do mês de maio será divulgado pelo IBGE no próximo dia 9 de junho, faltando apenas a inflação de junho, julho e agosto para definir o total de perdas da categoria. O índice serve de parâmetro para as negociações da Campanha Salarial da FEM-CUT/SP.
Max Pinho, secretário-geral da FEM-CUT/SP, destaca que a importância da categoria nesse período. “Sempre buscamos o melhor para os trabalhadores nas negociações, mas não conseguimos nada sozinhos. Somente com a união e a mobilização dos metalúrgicos temos forças o suficiente para pressionar as bancadas patronais e conseguir que nossas reivindicações sejam atendias. Por isso, contar com cada companheiro e cada companheira é fundamental para termos um Campanha Salarial vitoriosa”.
Além da diretoria da Federação, participaram da entrega da pauta às bancadas patronais representantes dos 13 Sindicatos filiados. A Campanha Salarial da FEM-CUT/SP abrange cerca de 200 mil metalúrgicos em todo o Estado de São Paulo.
Fonte: Imprensa SMetal
