Nesta última semana, representantes do Grupo 3 (Sindipeças, Sinpa e Sindiforja), Grupo 8.2 (Sicetel e Siescomet), Grupo 8.3 (Simefre e Sinafer – exceto o Siamfesp), Sifesp, Siniem, Sindifupi e Sindratar chegaram à proposta de reposição da inflação, aumento real e renovação da CCT
As negociações da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) garantiram reajuste salarial de 9%, retroativo a 1º de setembro, e a renovação das Convenções Coletivas de Trabalho (CCT) em sete grupos patronais.
O reajuste é maior do que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que acumulou 8,83% de perdas entre setembro de 2021 e agosto de 2022.
Com o resultado das negociações, cerca de 75,9 mil metalúrgicos estão abrangidos pelos acordos. Isso representa aproximadamente 42% da base da Federação no estado de São Paulo.
Foram fechados acordos com os seguintes grupos:
GRUPO 3
Sindipeças (autopeças), Sindiforja (forjaria) e Sinpa (parafusos, porcas e rebites)
GRUPO 8.2
Sicetel (trefilação e laminação de metais ferrosos) e Siescomet (esquadrias e construções metálicas)
GRUPO 8.3
Simefre (equipamentos ferroviários e rodoviários) e Sinafer (ferros, metais e ferramentas).
IMPORTANTE: O Siamfesp (artefatos de metais não ferrosos), que também compõe o Grupo 8.3 ainda não tem acordo fechado.
SIFESP
Fundição
SINDRATAR
Refrigeração, aquecimento e tratamento de ar
SINDIFUPI
Funilaria e pintura
SINIEM
Estamparia
Assembleias
Os Sindicatos dos Metalúrgicos do ABC, Salto, São Carlos e Sorocaba já realizaram assembleias com as bases para aprovar a proposta. Os demais sindicatos filiados à FEM-CUT/SP também vão levar o acordo para deliberação dos trabalhadores nos próximos dias.
O presidente da FEM-CUT/SP, Erick Silva, lembra que as negociações não foram fáceis. “Desde junho, quando entregamos a pauta de reivindicações aprovada pelos trabalhadores, estamos nas mesas de negociação buscando a valorização da categoria. Diante do cenário econômico e político, mais uma vez enfrentamos grandes dificuldades, tendo propostas de reajuste parcelado e até mesmo abaixo da inflação. Sempre rejeitamos esses acordos e lutamos firmes para garantir resultados positivos”.
Ele também aponta para a importância do resultado. “Sempre buscamos mais e gostaríamos de um reajuste maior, mas diante do cenário de instabilidade causado pelo governo Bolsonaro, temos um resultado positivo e, principalmente com a renovação da CCT até 2024, garantimos importantes direitos para a categoria”.
Max Pinho, secretário-geral da FEM, destaca a importância da categoria no processo de negociação. “Avançamos na maioria dos grupos e vamos avançar ainda mais. Com a mobilização que vocês demonstraram, conseguimos derrubar todas as propostas de parcelamento e avançar para além do INPC, esse foi um ganho muito importante nesse processo. A negociação também garantiu a renovação de todas as cláusulas sociais que estavam ameaçadas pelos patrões, como a garantia de emprego ao acidentado, entre outras”.
Negociação e aviso de greve
No Grupo 2, que tem o Sindimaq (máquinas e equipamentos) e o Sinaees (aparelhos elétricos e eletrônicos), ainda não há acordo que atendam as reivindicações dos metalúrgicos. A Federação continua as negociações nessa semana e pode protocolar um aviso de greve.
A mesma situação acontece com o Sindicel (condutores elétricos, trefilação e laminação de materiais não ferrosos), que também não fechou uma proposta de acordo.
O Grupo 10 não fecha acordo com a FEM-CUT/SP desde 2017. A Federação vai protocolar aviso de greve já no início desta semana.
“Acreditamos que chegaremos em acordos com esses grupos faltantes ainda nessa semana. Se houver qualquer dificuldade, vamos ampliar a mobilização juntos com os sindicatos, seja paralisação, protestos, assembleias e até greve se for necessário, para conquistar a data-base que o trabalhador precisa e merece”.
Texto: Imprensa SMetal
Edição e publicação: Comunicação FEM-CUT/SP