Na manhã desta quarta-feira, 24, a direção da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) e representantes dos 13 sindicatos filiados se reuniram na cidade de Pindamonhangaba, onde realizaram uma paralisação de duas horas na empresa Gerdau e na sequência se reuniram na sede do Sindicato dos Metalúrgicos para uma avaliação das negociações da Campanha salarial.

A paralização na Gerdau teve adesão de 100% dos trabalhadores efetivos na empresa e 100% da solidariedade dos terceirizados que também paralisaram por duas horas as atividades. O ato é um protesto contra a ameaça da bancada patronal de retirada de direitos, principalmente da cláusula que garante estabilidade de emprego aos trabalhadores vítimas de acidente de trabalho e doença ocupacional, além da proposta de parcelamento do reajuste salarial.

Segundo Erick Silva, presidente da Federação, a quantidade de trabalhadores de Pinda representa cerca de 40% de todo o Estado nas negociações desse ramo.
“Essa paralisação aqui é determinante. O setor do aço está muito fortalecido, grande crescimento, muita exportação, e mesmo assim essa bancada está querendo algo absurdo, acabar com a garantia de emprego de quem sofreu acidente. O parcelamento da inflação é outra loucura. Nós já estamos pagando tudo muito mais caro há muito tempo. E precisamos sim construir a luta pelo aumento real de salário. Parabéns trabalhadores de Pinda pela unidade”, disse.
FEM-CUT/SP realiza reunião de avaliação da Campanha Salarial e Sindicatos decidem intensificar mobilização

Os sindicalistas discutiram as propostas das bancadas patronais que querem o parcelamento do reajuste salarial, o congelamento dos pisos e tetos salariais e outras medidas defendidas pelo empresariado, como a retirada da cláusula de estabilidade de emprego para o trabalhador acidentado ou que tenha adquirido uma doença ocupacional e a revisão de outras cláusulas sociais da Convenção Coletiva de Trabalho.

O presidente da FEM-CUT/SP, Erick Silva, enfatiza que tais propostas não serão aceitas e que será preciso intensificar as mobilizações na categoria. “Os metalúrgicos dos sindicatos filiados à FEM já estão realizando assembleias em todo estado e, a partir de agora, vamos aumentar ainda mais nossos esforços para buscar aumento real nos salários e a manutenção dos direitos”.

Max Pinho, secretário-geral da Federação, destaca a presença maciça dos dirigentes sindicais na reunião e reforça que somente com apoio dos metalúrgicos e metalúrgicas será possível ter um Campanha Salarial vitoriosa. “Vai durar até sair um acordo para nossa base e precisamos contar com a união da categoria para garantir que tenhamos forças nas mesas de negociações com as bancadas patronais. Sabemos da nossa capacidade de luta e vamos firmes em prol de conquistas”.
Rodadas de negociações
Até o momento, a Federação e os sindicatos filiados já realizaram reuniões com os grupos patronais do G2 – Sindimaq (máquinas e equipamentos) e Sinaees (aparelhos elétricos e eletrônicos); G3 – Sindipeças (autopeças), Sindiforja (forjaria) e Sinpa (parafusos, porcas e rebites); G8.2 – Sicetel (trefilação e laminação de metais ferrosos) e Siscomet (esquadria e construções metálicas); G 8.3 – Simefre (equipamentos ferroviários e rodoviários), Sinafer (ferros, metais e ferramentas) e Siamfesp (artefatos de metais não ferrosos); Sindratar (refrigeração, aquecimento e tratamento de ar); Sifesp – Fundição; Siniem – Estamparia; Sindicel (condutores elétricos, trefilação e laminação de metais não ferrosos); e Sindratar (refrigeração, aquecimento e tratamento do ar).
Ainda não foram realizadas reuniões com o Sindifupi (funilaria e pintura) e também com G10, que não fecha acordo da Campanha Salarial desde 2017. O grupo 10 não aceita a cláusula de estabilidade para doença profissional, acidente do trabalho, taxa negocial e seguro de vida.
Fonte: SMetal e SindMetp
Edição: Comunicação FEM-CUT/SP





















































