Confira um resumo do que aconteceu durante o 9º Congresso da entidade

O 9º Congresso da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT São Paulo, a FEM-CUT/SP, que teve como tema “Metalúrgicas e Metalúrgicos na Luta Pela Reconstrução dos Direitos, da Democracia e da Soberania Nacional”, chegou ao fim nesta sexta-feira, 14, após três dias de trabalho. O evento reuniu cerca de 200 pessoas, entre delegadas, delegados, observadores e convidados em Itanhaém. Além de dar posse à nova diretoria da entidade, os participantes elaboraram e construíram o plano de lutas para os próximos quatro anos. Confira um resumo de tudo que aconteceu durante o Congresso.
Na quarta-feira, 12, as delegadas e delegados votaram e aprovaram o regimento interno do Congresso, que foi apresentado pelo secretário geral, Max Pinho, e a secretária da mulher trabalhadora, Ceres Ronquim. Na sequência, o tesoureiro da FEM-CUT/SP, Adilson Faustino, o Carpinha, e o economista do DIEESE, Fernando Lima, apresentaram um balanço do trabalho da entidade e das campanhas salariais dos últimos anos (2019 a 2023).

Na mesa seguinte, Flávio Dionísio Alves Ribeiro, do Sindicato dos Metalúrgicos de Salto, e Alex Sandro Fogaça, do Instituto Gestão Cidadã (IGECI), apresentaram um balanço geral das plenárias preparatórias que antecederam o Congresso, que aconteceram entre fevereiro e março nas cidades de Itu, Pindamonhangaba e São Carlos.
O Congresso homenageou os companheiros José Carlos, o Zé Carlos, do Sindicato dos Metalúrgicos de Cajamar, e Dorival Nascimento, do Sindicato dos Metalúrgicos de Itu, falecidos em 2023 e 2022, respectivamente.
Por fim, o primeiro dia de Congresso foi encerrado com uma mesa solene, que contou com a presença de lideranças políticas e sindicais, que falaram da importância do evento e do movimento sindical, além de debaterem a atual política brasileira. Fizeram parte da mesa Erick Silva, presidente da Federação; Max Pinho e Ceres Ronquim, secretário geral e diretora de mulheres da entidade; Pedro Tourinho, presidente da Fundacentro; Marcus Alves de Melo, Superintendente do Ministério do Trabalho no Estado de São Paulo; Rogério Saladino, presidente da Biofest; Renato Carvalho Zulato, secretário de administração e finanças da CUT/SP, Juvandia Moreira, vice-Presidenta da CUT/Brasil, Paulo Cayres, presidente da CNM/CUT e o Deputado Federal, Vicentinho.
Segundo dia foi marcado pela posse da nova direção
O segundo dia de Congresso teve início com um importante debate sobre Sindicalismo, Trabalho de Base e Juventude, numa mesa mediada por Priscila Passos, do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Odirley Luís Romão Prado, do Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba, com palestra do ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana.

Em seguida, Adilson Faustinho, o Carpinha e Raimundo Oliveira, advogado e assessor jurídico da Federação, apresentaram as alterações estatutárias da entidade e em regime de votação, as delegadas e delegados aprovaram por unanimidade.
Em uma mesa extra, o deputado federal Vicentinho lembrou que a responsabilidade do movimento sindical é muito grande. “O papel do movimento social no parlamento brasileiro é muito importante porque, quem faz lei no parlamento – típicas e atípicas – fora do meio político? Quantas cláusulas sociais negociadas pelos metalúrgicos viram leis, viram referência, viram fontes do direito?”, destacou o deputado. Ele enfatizou que muitas das ferramentas de luta em prol da classe trabalhadora se tornaram realidade a partir dos congressos realizados pelos metalúrgicos, como a própria criação da Federação Estadual dos Metalúrgicos e o Partido dos Trabalhadores. “Hoje, os sindicatos cumprem um papel decisivo na chamada da classe trabalhadora. Uma pena que os representantes diretos da classe trabalhadora seja minoria no Parlamento brasileiro. Já chegamos a ter cinco metalúrgicos como deputados numa mesma legislatura e agora somos em dois”.
Os “100 dias de governo Lula e os desafios do Brasil” foi o tema da mesa seguinte, com medição de Claudio Batista da Silva Junior, o Claudião, do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, e Daniangela Sueli de Souza, do Sindicato dos Metalúrgicos de Itu, com análise do diretor adjunto de relações sindicais do DIEESE, José Silvestre Prado de Oliveira.

No final do segundo dia de Congresso, os delegados e delegadas elegeram a nova direção da FEM-CUT/SP, que vai cumprir o mandato até 2027. Além de reconduzir Erick Silva à presidência da entidade, foi aprovada ainda a criação da Secretaria da Mulher Trabalhadora, que antes era a pasta da Diretora da Mulher, e que será comandada por Ceres Ronquim. Ambos dirigentes são do Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos.

Plano de lutas foi aprovado no último dia de Congresso

No último dia do encontro, na sexta-feira, 14, o dia foi iniciado com a apresentação da “Atuação Política no Estado de São Paulo”. O deputado estadual e metalúrgico Teonilio Barba, e o supervisor técnico do DIEESE, Victor Pagani, foram responsáveis pelo debate. A mesa teve mediação de Erick Silva e Priscila Passos.

Na sequência, Max Pinho e Ceres Ronquim apresentaram o Plano de Lutas da entidade para os próximos quatro anos. O documento foi aprovado por unanimidade com cinco destaques e mais duas propostas de inclusão de conteúdo.
Erick Silva, presidente da FEM-CUT/SP, destacou a importância do Congresso para a atuação sindical. “Encerramos esse Congresso com a satisfação de ter discutido questões de interesse da categoria no estado de São Paulo, elegido nossa direção com uma capacidade de luta enorme de todos companheiros e companheiras que estão compondo essa direção para um mandato de quatro anos”.

Ele também enfatizou que os debates e diretrizes tiradas no encontro serão fundamentais para a defesa das metalúrgicas e metalúrgicos em todo o estado. “Todas as tarefas foram cumpridas da melhor forma possível, com a grande participação dos 13 sindicatos [filiados à Federação], com êxito enorme na observação e na identificação das questões do estado. Agora para diante é cumprir o plano de lutas, fazer essa direção a mais capaz possível e levar para frente os desafios da categoria. Os metalúrgicos estão de parabéns pela construção desse grande Congresso que vai dar um acréscimo nas lutas, nas capacidades, nas vitórias e nas conquistas dos metalúrgicos do estado de São Paulo”.
Para Max Pinho, secretário geral da Federação, o Congresso representou “Nesses três dias, além de importantes debates e a posse da direção, reafirmamos o compromisso da FEM-CUT/SP com a categoria metalúrgica e com toda classe trabalhadora. Aprovamos o nosso Plano de Lutas que tem o objetivo de continuar garantindo os direitos, a valorização salarial e avanços em todos os sentidos. Mais do que isso, esse Plano de Lutas traz ainda nossa atuação por uma sociedade mais justa e igualitária. Fechamos esse grande Congresso com o sentimento de dever cumprido e com importantes tarefas para serem realizadas nos próximos anos. Tenho certeza que nossas companheiras e companheiros irão continuar esse trabalho e fazendo a diferença”.