Reconstrução do Brasil foi o tema central das intervenções
Diversas lideranças políticas e sindicais participaram na noite de ontem, 12 de abril, da abertura solene do 9º Congresso da FEM-CUT/SP – “Metalúrgicas e Metalúrgicos na Luta Pela Reconstrução dos Direitos, da Democracia e da Soberania Nacional”. A diretora de Mulheres da Federação, Ceres Ronquim, acompanhada do secretário geral, Max Pinho, coordenam a mesa que contou com a presença do presidente do presidente da Fundacentro, Pedro Tourinho, de Marcus Alves de Melo, Superintendente do Ministério do Trabalho no Estado de São Paulo, do presidente da Biofest, Rogério Saladino, de Renato Carvalho Zulato, secretário de administração e finanças da CUT/SP, da vice-Presidenta da CUT/Brasil, Juvandia, do presidente da CNM/CUT, Paulo Cayres e do Presidente da FEM-CUT/SP: Erick Silva.
Com a retomada da democracia no país, representantes do Estado brasileiro voltaram a dialogar com os trabalhadores. Marcos Alves de Melo que é Superintendente do Ministério do Trabalho e Emprego no Estado de São Paulo, esteve presente na atividade e destacou a empreitada do ministério no combate ao trabalho análogo a escravidão. “Só este ano, resgatamos mais de 1000 trabalhadores, maior número desde 2008. E temos o menor número de auditores fiscais da história. Tem muita gente que não foi resgatada. Isso tem um custo enorme para a sociedade. Vamos reforçar as mediações. Conto com a colaboração e entendimento de todos. As portas da superintendência estão abertas”.
O presidente da FEM-CUT/SP, Erick Silva, agradeceu a presença de todas as lideranças e reforçou a importância da categoria metalúrgica que criou as bases para fundação da CUT, e do PT. Ele ainda ressaltou o momento estratégico do Congresso da entidade e a preocupação da disputa no Estado de São Paulo. “Vamos terminar um trabalho que foi o Luizão (ex-residente da FEM-CUT/SP) que iniciou. Vamos construir um plano de lutas que oriente nossa disputa no estado de São Paulo”, defendeu Erick,
A reconstrução do Brasil foi tema central das falas dos participantes, mas a trajetória de resistência também foi destacada por Juvandia Moreira, vice-presidenta da CUT Brasil, que relembrou que os temas de congressos anteriores eram de resistência. “E foi isso que nós fizemos, muita resistência, muita luta. E foi fundamental a gente resistir, senão eles teriam destruído muito mais do que eles conseguiram destruir” Já o presidente da Fundacentro, Pedro Tourinho destacou a importância do fortalecimento do movimento sindical comprometido em“recuperar os direitos dos trabalhadores “Estamos diante de uma oportunidade histórica, mais uma vez. Com a Fundacentro temos a missão de recuperar o tempo perdido. Vamos precisar do movimento sindical. Com capacidade de fazer e avançar no papel estratégico de reconstrução”, afirmou Tourinho.
O fortalecimento das entidades sindicais também é consenso entre as lideranças. Renato Carvalho Zulato , secretário de Administração e Finanças da CUT/SP
destacou a importância dos períodos de congresso para reorganização da classe trabalhadora. “Esse momento do Congresso é fundamental para refletirmos sobre o que passou e debater quais os caminhos vamos tomar. O desafio é muito grande de todos nós, dos sindicatos, das centrais para resgatar tudo que foi tirado de nós e melhorar a vida dos nossos trabalhadores e trabalhadoras”, finalizou. Paulo Cayres, o Paulão, presidente da CNM/CUT evidenciou os desafios da categoria metalúrgica em relação a reindustrialização do país “Os desafios da Federação, os desafios dos metalúrgicos da CUT no estado de São Paulo, são os desafios da CNM/CUT. O papel da classe operária é discutir além do setor, a reindustrialização garantindo com bom salário”, defendeu.
Fotos: Adonis Guerra