Evento estatutário reúne representantes de 13 sindicatos CUTistas do estado de São Paulo
Cerca de 200 pessoas acompanharam na tarde desta quarta-feira, 12, a abertura do 9º Congresso da FEM-CUT/SP – “Metalúrgicas e Metalúrgicos na Luta Pela Reconstrução dos Direitos, da Democracia e da Soberania Nacional”. Nas primeiras horas do evento, as delegadas e delegados aprovaram o regimento da atividade e acompanharam os balanços da gestão (2019- 2023) e também da série de plenárias preparatórias para o Congresso. O presidente da FEM-CUT/SP, Erick Silva, o secretário geral da entidade, Max Pinho, e a diretora da Mulher, Ceres Ronquim compuseram a mesa.
Durante a mesa de abertura, o presidente da FEM-CUT/SP Erick Silva destacou que o congresso ocorre em um momento importante, de reconstrução dos direitos e da democracia no Brasil, e por isso, os metalúrgicos e metalúrgicas se propõe a debater temas estratégicos para viabilizar a condição de melhora de vida da classe trabalhadora. “Fazem parte desta lógica de reconstrução proposta de desenvolvimento industrial do estado de São Paulo, a reconstrução dos direitos do povo trabalhador e como fortalecer as ideias que são fundadoras da CUT e que norteiam a atuação da nossa federação”, explicou.
Balanço da Gestão
Adilson Faustino, o Capinha, apresentou o balanço da gestão (2019-2023). O tesoureiro da FEM-CUT/SP resgatou o cenário conjuntural neofascista, de retirada de direitos da classe trabalhadora promovidos pelo governo de Jair Bolsonaro, agravados pela falta de condução na crise sanitária causada pela pandemia de covid-19. “Durante este período enfrentamos inúmeras dificuldades. Entre elas, a reposição das perdas causadas pela inflação na data-base”, destacou Carpinha. Ele ainda apontou dificuldades na manutenção dos direitos garantidos pela Convenção Coletiva da categoria.
Plenárias Preparatórias
Em 2023 a Federação inovou realizando plenárias preparatórias para o Congresso. Temas estratégicos para a categoria, como desenvolvimento industrial, negociação coletiva, reconstrução dos direitos trabalhistas, princípios CUTistas e juventude foram amplamente debatidos com a categoria. Alex Sandro Fogaça Camargo, do Instituto Gestão Cidadã (IGECI), apresentou a síntese destas atividades. Durante sua apresentação, ele destacou os desafios para implementar uma política industrial que gere renda, emprego e desenvolvimento, além dos limites da implementação da Indústria 4.0 considerando a posição do Brasil na geopolítica industrial pensando na importância do estado de São Paulo. “Temos que pensar como implantar sem que haja impacto negativo no emprego e na renda do trabalhador e trabalhadora”, afirmou Alex. Na pauta da reconstrução dos direitos trabalhistas, o consenso é que não há correlação de forças necessária para fazer um “revogaço”. “Neste sentido, precisamos restabelecer o ambiente da negociação coletiva e garantir a sustentação financeira dos sindicatos. Os sindicatos precisam estar fortalecidos para entrar nessa luta”, defendeu. Outra tarefa é ratificar os princípios CUTistas, baseado na formação reintegrando o trabalhador e ,principalmente a juventude, nas fileiras do movimento sindical.





