Categoria mantém estado de mobilização por melhores condições de trabalho
O Sindicato dos Médicos de São Paulo (SIMESP), entidade representativa da categoria médica do estado de São Paulo, iniciou agora em janeiro um processo de mobilização com os profissionais que atuam na Atenção Primária das Unidades Básicas de Saúde (UBS) da capital para reivindicar melhores condições de trabalho por conta do aumento dos casos de Covid-19, da Influenza H3N2 e sobrecarga dos equipamentos de saúde e de seus trabalhadores.
O movimento ganhou proporção pela falta de atenção e enrolação dos gestores públicos, que recorreram a justiça após a categoria decidir em assembleia uma paralização de 24 horas no último dia 19 de janeiro. A paralização não aconteceu, mas os trabalhadores da saúde realizaram um ato no mesmo dia em frente à Prefeitura de São Paulo.
A suspensão da paralisação foi deliberada pelos mais de 200 profissionais presentes na Assembleia Geral Extraordinária realizada na terça-feira, 18 de janeiro, pela possibilidade de abertura de negociação das reivindicações dos trabalhadores, sob a intervenção do Ministério Público. A data para audiência de conciliação é dia 27 de janeiro de 2022, considerada pela assembleia um prazo exagerado e incompatível com o aumento dos casos de Covid-19.
Nesse sentido, em apoio a luta dos trabalhadores profissionais da saúde, a FEM-CUT/SP, envia uma moção de solidariedade e apoio ao SIMESP.
Vejam conteúdo da moção:
MOÇÃO DE APOIO À LUTA DOS TRABALHADORES DA SAÚDE ATUANTES NAS UBS’S DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
A FEM-CUT/SP – FEDERAÇÃO DOS SINDICATOS DE METALÚRGICOS DA CUT NO ESTADO DE SÃO PAULO, presta total e irrestrito apoio e solidariedade a todos os profissionais da Saúde que prestam serviços no município de São Paulo, que neste momento difícil, pedem socorro aos gestores de Saúde da Preferira de São Paulo e às Organizações Sociais de Saúde.
Declaramos nossa solidariedade a essa luta, que abrange: divulgação de uma Carta Aberta, assinada por diversos sindicatos da área e dirigida à população de São Paulo, ao secretário municipal de Saúde e às OSS que atuam na Atenção Primária à Saúde no município, onde são apresentadas as reivindicações diante do terrível quadro em que se encontram hoje os profissionais devido ao agravamento da pandemia e do surto gripal. E paralisação na próxima quarta-feira, 19/01, com realização de ato em frente à Prefeitura de São Paulo às 15h.
Apelamos aos gestores que atender às justas reivindicações de médicos, enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem, farmacêuticos, recepcionistas, agentes comunitários, nutricionistas, psicólogos e tantos outros que atuam incansavelmente no combate à pandemia, é contribuir para salvar vidas.
COM ISSO RATIFICAMOS AS REIVINDICAÇÕES DOS TRABALHADORES DA SAÚDE:
- POR CONTRATAÇÃO DE MAIS EQUIPES PARA ATENDIMENTO NA UNIDADES BÁSICAS;
- POR CONDIÇÕES ADEQUADAS DE ATENDIMENTO: MEDICAMENTOS, TESTES, EPI;
- POR UM PLANO DE ENFRENTAMENTO AO COVID E REABERTURA DA MESA DE NEGOCIAÇÃO DO MUNICÍPIO;
- POR MAIS SAÚDE PARA TODOS!
Fonte: SIMESP
A DIRETORIA