
Em prol da prevenção do câncer de mama e do câncer do colo do útero, que é trabalhado no Outubro Rosa, o Coletivo de Mulheres da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) vai intensificar as ações junto aos 13 sindicatos filiados. As ações vão acontecer em diversas cidades do estado onde a entidade tem representação.
A Diretora da Mulher da FEM-CUT/SP explica a importância da iniciativa. “A saúde da mulher é um assunto que sempre está nas nossas pautas e reivindicações. Buscamos constantemente desenvolver trabalhos que tragam avanços e garantam direitos para as trabalhadoras. O Outubro Rosa é um mês especial, que tem essa tradição de debater mais profundamente o câncer de mama e o do colo do útero e nós vamos estar dialogando com as metalúrgicas sobre o tema”.
No Brasil, mais de 65 novos casos do câncer de mama devem ser diagnosticados somente este ano. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a doença é a principal causa de morte da população feminina no país.
A Secretaria de Mulheres do Sindmetau (Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté), realizou, neste dia 6 de outubro, evento com duas palestras sobre o câncer de mama. A enfermeira oncológica Jéssica Ferreira Rode, do Instituto do Câncer Brasil (ICB – unidade Taubaté), abordou a “Prevenção: a Saúde da Mulher”, destacando a importância do diagnóstico precoce da doença, que aumenta a chance de cura.
Já Cristina Goldner, especialista em nutrição clínica e metabólica e em fitoterapia na nutrição, trouxe a palestra “A Nutrição e o Tratamento do Câncer”. De acordo com a profissional, a alimentação saudável é uma grande aliada na prevenção de vários tipos de câncer.
Cerca de 100 trabalhadoras participaram das palestras e aproveitaram a oportunidade para tirar dúvidas sobre os temas.
A Diretora da Mulher FEM-CUTSP Ceres Lucena e as dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região, Priscila dos Passos Silva e Lindalva Linhares da Silva Martins, também participaram do evento.
A prevenção ainda é o melhor caminho. Isso porque, 95% dos casos de câncer de mama têm chance de cura quando são descobertos no início. Nesse sentido, o autoexame e a visita ao médico regularmente são fundamentais.
Depois do autoexame (veja como fazer abaixo), caso encontre algum caroço ou identifique alguma aparência suspeita nas mamas, um médico deve ser procurado. Em muitos casos, as trabalhadoras metalúrgicas contam com convênio médico e podem se consultar com um especialista.
SUS garante atendimento gratuito
Quem não tem convênio médico pode recorrer ao Sistema Único de Saúde (SUS). No Brasil, o SUS oferece tratamento gratuito para todas as mulheres com câncer de mama.
Para ter acesso, as mulheres devem procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima. O atendimento vai analisar a situação e encaminhar a paciente para um ambulatório de especialidades ou hospital.
Nessa fase, exames de imagens devem ser solicitados pelo especialista. Se for confirmado o câncer, a mulher tem direito a cirurgia, quimioterapia ou radioterapia pelo SUS. A lei nº 12.732/2012 determina que o atendimento seja realizado em até 60 dias após o diagnóstico e que seja gratuito.
Além disso, as mulheres contam com outras duas leis que dão respaldo no caso do enfrentamento da doença.
Na lei nº 13.767/2018 as trabalhadoras podem se ausentar até três dias por ano para exames sem desconto no salário. Já a lei nº 8.922, de 1994, garante o saque FGTS e dos PIS/PASEP mediante comprovação de necessidade. Saiba mais sobre as leis no site da FEM.
Como fazer o autoexame das mamas:
1. Em frente ao espelho
Para se fazer a observação em frente ao espelho deve-se retirar toda a roupa e observar seguindo o seguinte esquema:
1. Primeiro, observar com os braços caídos;
2. Depois, levantar os braços e observar as mamas;
3. Por fim, é aconselhado colocar as mãos apoiadas na bacia, fazendo pressão para observar se existe alguma alteração na superfície da mama.
Durante a observação é importante avaliar o tamanho, forma e cor das mamas, assim como inchaços, abaixamentos, saliências ou rugosidades. Caso existam alterações que não estavam presentes no exame anterior ou existam diferenças entre as mamas é recomendado consultar o ginecologista ou um mastologista.
2. Em pé
A palpação de pé deve ser feita durante o banho com o corpo molhado e as mãos ensaboadas. Para isso deve-se:
1. Levantar o braço esquerdo, colocando a mão atrás da cabeça como mostra a imagem 4;
2. Palpar cuidadosamente a mama esquerda com a mão direita usando os movimentos da imagem 5;
3. Repetir estes passos para a mama do lado direito.
A palpação deve ser feita com os dedos da mão juntos e esticados em movimentos circulares em toda a mama e de cima para baixo. Depois da palpação da mama, deve-se também pressionar os mamilos suavemente para observar se existe a saída de qualquer líquido.
3. Deitada
Para se fazer a palpação deitada deve-se:
1. Deitar e colocar o braço esquerdo na nuca, como mostra a imagem 4;
2. Colocar uma almofada ou toalha debaixo do ombro esquerdo para ser mais confortável;
3. Palpar a mama esquerda com a mão direita, como mostra a imagem 5.
Estes passos devem ser repetidos na mama direita para terminar a avaliação das duas mamas. Caso seja possível sentir alterações que não estavam presentes no exame anterior é recomendado consultar o ginecologista para fazer exames diagnóstico e identificar o problema.
Fonte: Imprensa/SMetal
Edição e publicação: Comunicação FEM-CUT/SP






