Montante aplicado até 2026 para estimular o desenvolvimento com foco na sustentabilidade e inovação; FEM-CUT/SP destaca a importância das medidas para a geração de emprego e renda
*Com informações da Agência Gov e Rede TVT
O governo federal lançou nesta segunda-feira, 22, o plano Nova Indústria Brasil, que tem o objetivo de restabelecer uma política industrial brasileira para nortear o desenvolvimento do setor até 2033. Serão R$ 330 bilhões para financiamentos até 2026, com foco na sustentabilidade e inovação.
O presidente Lula (PT) destacou o compromisso do governo com o desenvolvimento industrial. “É muito importante para o Brasil que a gente volte a ter uma política industrial inovadora, totalmente digitalizada, como o mundo exige hoje, e que a gente possa superar, de uma vez por todas, esse problema de o Brasil nunca ser um País definitivamente grande e desenvolvido”.
Missões
Para atingir os objetivos propostos, serão atreladas seis missões ao plano A Nova Indústria Brasil. Elas norteiam os trabalhos até 2033, sendo que para alcançar cada meta, foram definidas áreas prioritárias para os investimentos e um conjunto de ações.
Está prevista a articulação de diversos instrumentos de Estado para reverter a desindustrialização precoce do País como linhas de crédito especiais, recursos não-reembolsáveis, ações regulatórias e de propriedade intelectual, além de uma política de obras e compras públicas, com incentivos ao conteúdo local, para estimular o setor produtivo em favor do desenvolvimento do Brasil.
A política também lança mão de novos instrumentos de captação, como a linha de crédito de desenvolvimento (LCD), e um arcabouço de novas políticas – como o mercado regulado de carbono e a taxonomia verde – para responder ao novo cenário mundial em que a corrida pela transformação ecológica e o domínio tecnológico se impõem.
Movimento sindical comemorar avanço
Representantes do movimento sindical brasileiro acompanharam com entusiasmo o anúncio do governo federal. A retomada da política industrial como forma de gerar emprego e renda era uma reivindicação desde o golpe sofrido pela presidenta Dilma Rousseff, em 2016, que jogou o setor em verdadeiro abismo, conforme destacou em entrevista à Rede TVT, o vice-presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT-SP), Claudio Batista da Silva Junior (Claudião), também presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté.
“Eu acredito que o número de empregos que possa ser gerado deve ter um aumento na ordem de uns 10% a mais do que foi gerado nesse último ano. Então, a gente tem uma expectativa gigantesca nesse sentido, porque 50% dos 300 bilhões serão direcionados para o setor industrial”, enfatiza.
Ele completa que o plano é fundamental para o atual momento. “A gente tem uma expectativa gigantesca com esse plano, que possa realmente fazer o Brasil avançar tecnologicamente, socialmente e na geração de emprego e renda dos trabalhadores e trabalhadoras”.
Para Loricardo Oliveira, presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), o plano tem, ainda, a importância de recolocar o Estado como indutor da economia.
“O principal é o papel do Estado, as compras governamentais. Com financiamento do BNDES e com a participação conjunta da sociedade. Então penso que é um dos pontos fundamentais para o crescimento desse plano”, disse ele à Rede TVT.
Aroaldo Silva, presidente da Industriall-Brasil, comentou, na entrevista à TVT, sobre a principal diferença do plano para outros já lançados. “Ele inverte a lógica, ele não trata a indústria como um fim em si mesmo e sim através de missões que tendem a solucionar problemas e demandas da sociedade brasileira”.
Confira a reportagem completa da TVT aqui (a partir de 32:51)