Em 12 meses, Brasil registrou cerca de 1,8 milhão de empregos formais; para FEM-CUT/SP, resultado mostra que o Brasil está no caminho da reconstrução

O Brasil registrou, nos últimos 12 meses, a criação de aproximadamente 1,8 milhão de empregos com carteira assinada. Os dados são do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e compreendem o período entre junho de 2022 e maio de 2023.
O DIEESE aponta que o setor que mais teve postos de trabalho criados foi o de serviços, com saldo positivo de 980 mil novas vagas. Na sequência vem o comércio, com mais de 345 mil empregos com carteira assinada em um ano.
A indústria aparece na sequência, com a criação de mais de 198 mil vagas formais. O destaque fica para o segmento metalúrgico, que registrou um total de 72,5 mil postos de trabalho a mais em um ano.
O setor de alimentos e bebidas completa a lista com mais de 70 mil vagas formais registradas no período.
Em contrapartida, o setor de fabricação de produtos de madeira teve uma queda acentuada das vagas (-11 mil). Algo parecido com a indústria têxtil, de vestuário e calçados (-11,1 mil vagas).
Para o presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP), Erick Silva, o resultado reflete a retomada da economia do país. “Depois de um período de grandes dificuldades, como o (de)governo de Bolsonaro e o impacto da pandemia, estamos voltando para o rumo certo. É um momento de reconstrução, de medidas e investimento de incentivo à economia. Isso reflete, sem dúvida, na geração de emprego e renda, fazendo com o Brasil volte a crescer de maneira significativa e, o mais importante, que se trata de um crescimento assegurando os direitos da classe trabalhadora, o que é fundamental para todos nós”.
Apesar do bom resultado na geração de emprego, o Brasil ainda tem muitos desafios, como aponta Max Pinho, secretário-geral da entidade. “Não podemos achar que tudo está bem. Temos um congresso, em sua maioria, que não representa a classe trabalhadora e sempre busca meios de acabar com nossos direitos. Temos que combater essas ameaças constantemente”.
Para ele, além disso, é preciso lutar pela redução da taxa básica de juros (Selic). “Enquanto novos postos de trabalho são criados, a renda da população continua sufocada com a alta taxa de juros praticada por Campos Neto no Banco Central. O Brasil caminha para estabilidade da inflação e todos os indicadores apontam para o crescimento. Então, nada justifica penalizar os trabalhadores com os juros no atual patamar. Estamos mobilizados para acabar com essa política que só prejudica o país”.
A direção da FEM-CUT/SP participou do ato de entrega do pedido de impeachment de Campos Neto, presidente do Banco Central (BC). O documento foi entregue ao Senado no início do mês por diversas lideranças sindicais (leia mais aqui).
Confira os dados completos:

Imprensa FEM-CUT/SP