Grande ato de mobilização aconteceu nesta quinta-feira (6) em Pindamonhangaba com participação dos sindicatos filiados e representantes de sindicatos de outros segmentos da indústria
A Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) reuniu cerca de 2 mil dirigentes sindicais e trabalhadores nesta quinta-feira (6) no grande ato de lançamento da Campanha Salarial 2024, em Pindamonhangaba. A manifestação contou com a participação dos sindicatos filiados à entidade e com representantes de sindicatos outros segmentos da indústria – químicos, construção civil, eletricitários, vestuários e alimentação.
A primeira parte do ato aconteceu pela manhã em frente a empresa Gerdau. No período da tarde, a manifestação foi realizada na Tenerife Confab.
O presidente da FEM-CUT/SP, Erick Silva, parabenizou os dirigentes e os trabalhadores pela forte participação do ato. O sindicalista enfatizou que, além do aumento real nos salários e das cláusulas sociais, dois pontos são fundamentais nas negociações deste ano: a valorização das trabalhadoras e a redução de jornada sem redução salarial.
“Temos que lutar pela redução de jornada. E nós temos no Congresso Nacional apenas meia dúzia de representantes dos trabalhadores e é uma luta que passa do portão da fábrica e vai até o momento do voto nas eleições, que vai construir um momento para discussão do tema. Mas a mobilização na porta da fábrica é fundamental”.
Max Pinho, secretário-geral da entidade, lembrou do tema da Campanha Salarial e destacou que as conquistas precisam chegar aos trabalhadores. “Por isso que o tema deste ano é “Vamos Conquistar a Nossa Parte”. O movimento sindical e esses representantes fazem isso muito bem, negociando e debatendo a indústria porque isso é sobre nossos empregos. Mas não basta somente estarmos empregados, precisamos ter um salário digno”.
Unidade e mobilização
O vice-presidente da FEM-CUT/SP, Claudião Batista, ressaltou que o sucesso das negociações da pauta de reivindicações da categoria depende da unidade dos trabalhadores.
“Por isso, esse ato é simbólico e histórico, com todos os sindicatos filiados à Federação junto com os trabalhadores para trazer a energia e a força de luta para nossa Campanha, garantindo que a gente saia vitoriosos”.
De acordo com Priscila Silva, coordenadora do Coletivo Racial e integrante do Coletivo de Mulheres da FEM-CUT/SP, as mulheres representam uma parcela importante da categoria metalúrgica e precisam ser valorizadas e ter direitos garantidos.
“Além das cláusulas econômicas, com nosso reajuste de salário, temos que garantir que as trabalhadoras estejam cobertas pelas cláusulas sociais para que tenhamos um trabalho digno”.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Pinda, André Oliveira, ressaltou a importância do ato. “Ficará marcado no histórico de lutas que fizemos o lançamento da Campanha Salarial de todo o Estado aqui em Pinda. Isso tudo só aconteceu graças a cada trabalhador. Mais uma vez demonstramos que a classe trabalhadora unida consegue sim mover qualquer patronal que seja”, disse.
Para o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), Loricardo de Oliveira, é necessário a organização de uma campanha salarial metalúrgica nacional, que beneficie a categoria de forma igualitária.
“Essa campanha salarial unificada em São Paulo demonstra que é possível unificar a luta, as conquistas e os direitos. É possível demonstrarmos nossa capacidade de mobilização dentro e fora da fábrica”.
Daniel Calazans, secretário-geral da CUT/SP, lembrou que todos os direitos foram conquistados com muita luta e, para a Campanha Salarial 2024, não será diferente.
“Não há nenhum direito que tenha sido conquistado pelos trabalhadores desse Brasil sem luta. Nós, metalúrgicos, com apoio dos metalúrgicos e de todos os trabalhadores de outros ramos, vamos, juntos, chegar ao aumento real e todos os benefícios que a classe trabalhadora merecer”, destacou o dirigente sindical.
O ato também de importantes falas de Leandro Soares, presidente Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba, Edna dos Santos, presidenta do Sindicato dos Metalúrgicos de Matão, Moisés Selerges Jr., presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, e representando os ramos do Macrossetor da Indústria, Claudio da Silva Gomes (Claudinho), presidente da Confederação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira filiados à CUT (CONTICOM).
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