Banco Central cortou a Selic em 0,5%, baixando o patamar da taxa para 12,75%; Federação cobra por avanço na redução
A direção da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) considera tímida o anúncio do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), da redução da taxa básica de juros, a Selic, em 0,5%. Agora, o novo patamar da taxa está em 12,75% ao ano. A redução dos juros é uma das bandeiras da Campanha Salarial 2023.
Para a entidade é preciso avançar mais nos cortes. Mesmo com a redução, o Brasil continua com uma das maiores taxas de juros reais do mundo, atrás apenas do México. A taxa de juros reais no Brasil está em 6,40% ao ano, o que pesa no bolso da sociedade brasileira.
“O Banco Central tem margem para reduzir ainda mais essa taxa. Somente com a Selic num patamar bem menor temos condições de acelerar a reconstrução que o país tanto precisa. O governo Lula tem feito sua parte, com reformas importantes, investimento e programas que aquecem a economia. Cabe ao BC entender a importância de baixar a Selic para contribuir com esse novo cenário”, enfatiza Erick Silva, presidente da FEM-CUT/SP.
Max Pinho completa que a pressão para diminuição da Selic vai seguir forte. “Os movimentos sindicais e sociais estão nas ruas e nas redes denunciando a política nefasta praticada por Campos Neto no Banco Central, que ainda está a serviço do bolsonarismo. Nossa mobilização tem dado resultado e vai garantir ainda mais avanços”.
O corte, esperado pelo governo e também pelo mercado financeiro, foi o segundo realizado pelo órgão no semestre. Antes disso, o Copom aumentou a Selic 12 vezes seguidas, chegando a 13,75% ao ano.
Imprensa FEM-CUT/SP