Projeto do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas quer passar o controle do transporte sobre trilhos para a iniciativa privada
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) tem defendido fortemente, nos setes meses de gestão, privatizar diversos serviços públicos. Um deles é o transporte sobre trilhos, que já tem estudo encomendado pelo governo paulista para uma possível concessão.
A intenção do governador é transferir para iniciativa privada os ramais de Metrô e de trem da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). A proposta de Tarcísio inclui a operação das linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha, do Metrô, e 15-Prata, da CPTM.
O Sindicato dos Metroviários de São Paulo promete lutar contra a política privatista do governo estadual. A categoria decidiu em assembleia pela realização de uma greve no dia 15 de agosto contra demissões, terceirização e privatização. Os trabalhadores também cobram abertura de concurso público para diferentes áreas.
A direção da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) apoia a luta dos trabalhadores metroviários e afirma ser necessário combater a política de privatização do governador Tarcísio.
“São Paulo tem um histórico de governadores de direita que sempre se utilizaram das privatizações, transformando os serviços públicos num verdadeiro balcão de negócios para os empresários. Quem perde é a população, perdem os trabalhadores com o risco de demissão e ainda abre espaço para as terceirizações, que tanto prejudicam a classe trabalhadora. Com Tarcísio não tem sido diferente e nós precisamos lutar para impedir que isso se concretize. Por isso, estamos ao lado dos companheiros metroviários nesta batalha”, diz o presidente da FEM-CUT/SP, Erick Silva.
Max Pinho, secretário-geral da entidade, completa e afirma que as privatizações não trazem benefícios para o povo paulista. “É nosso dever apontar que o compromisso do governador é com os ricos empresários e não com a população que depende desses meios de transportes todos os dias para se locomover. A política adotada por Tarcísio tem o objetivo de mostrar uma precarização do serviço para promover a privatização, mas essa precarização é programada, é planejada pelo estado justamente para esse fim. Não podemos aceitar que isso aconteça e estamos apoiando a luta dos trabalhadores do setor integralmente”.