Vice-presidente da FEM, Claudião, representou a entidade nesta segunda-feira, em São José dos Campos; trabalhadores aprovam greve contra demissões arbitrárias
O vice-presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP), Claudio Batista da Silva Junior (Claudião), representou a entidade na assembleia dos trabalhadores da General Motors (GM), em São José dos Campos, nesta segunda-feira, 23, que confirmou a greve contra as demissões realizadas pela montadora.
A paralisação por tempo indeterminado também acontece nas plantas da GM em Mogi das Cruzes e São Caetano do Sul por conta das demissões em massa, anunciadas pela empresa nas três plantas. Os desligamentos, realizados por email e telegrama, aconteceram no último final de semana, sábado e domingo, dias 21 e 22, e sem nenhuma negociação com os sindicatos.
Os trabalhadores decidiram que só voltam a produzir depois do cancelamento dos cortes e também se houver garantia de estabilidade de emprego.
Para Claudião, que criticou a postura da empresa e afirmou que é preciso unidade na luta para reverter o quadro. “Os sindicatos estão sempre a disposição para negociar uma saída que não prejudique os trabalhadores e, por isso, não podemos aceitar esse tipo de atitude, que desrespeita milhares de pais e mães de família, que são os grandes responsáveis pela produção da montadora”.
Ele completou que a FEM-CUT/SP está pronta para contribuir com a luta dos trabalhadores. “Nosso compromisso é com os direitos e a luta da categoria. Estamos à disposição para que essa situação seja revertida e para que haja respeito aos metalúrgicos de todo o Estado de São Paulo e do Brasil”.
No sábado, 21, a direção da Federação apresentou uma moção de repúdio às demissões anunciadas pela General Motors (GM) e apoio aos trabalhadores atingidos pela medida, durante o 14º Congresso Nacional da CUT (CONCUT). Leia mais aqui.
Cobrança ao governo
O Sindicato vai cobrar dos governos federal, estadual e municipal medidas imediatas para reverter as demissões. Ofícios serão enviados no sentido de pedir reuniões para discussão sobre o assunto.
Parte dos salários dos 1.200 trabalhadores que estão em layoff é paga com recursos públicos, pelo FAT (Fundo de Amparo do Trabalhador).
Além de quebrar o acordo de layoff, a GM descumpriu a legislação que obriga empresas a abrirem negociação com o sindicato da categoria antes de realizarem demissão em massa.
Com a greve, a fábrica de São José dos Campos deixa de produzir cerca de 150 carros por dia. A unidade produz os modelos S-10 e Trailblazer, motores e transmissão.
Com informações do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos