Federação segue na tarefa de organizar a luta da categoria

Fruto da construção do Novo Sindicalismo, liderado por Luiz Inácio Lula da Silva na década de 1980, a Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos do Estado de São Paulo, a FEM-CUT/SP, completa neste dia 16 de fevereiro, 31 anos.
Em deliberação do 3º Congresso Nacional da CUT, a decisão dos delegados e delegadas orientou que diversos ramos deveriam romper com as estruturas oficiais do estado, que pouco atendia as demandas do conjunto das categorias. A criação das Federações nos estados era essencial para organizar a luta por melhores condições para a classe trabalhadora pelas mãos dos próprios trabalhadores e trabalhadoras.
A FEM-CUT/SP desde então garantiu diversos avanços para a categoria metalúrgica, desde a criação dos pisos salariais, passando por diversos debates sobre ergonomia, saúde do trabalhador, previdência e OLT, até garantir, via Convenção Coletiva, a ampliação de direitos e a manutenção de direitos básicos que foram ameaçadas pela reforma trabalhista do golpista Michel Temer e pelo governo fascista de Jair Bolsonaro.
Hoje com 13 sindicatos filiados em todo o estado de São Paulo, a FEM-CUT/SP têm, em sua base de atuação, cerca de 213 mil metalúrgicos e metalúrgicas cutistas, dos setores automotivos, siderúrgico, alumínio, aeroespacial, eletroeletrônico, bens de capital e de fundição, no qual a união destes fazem a Federação ser respeitada por toda a categoria e pelas bancadas patronais.
Os 31 anos da Federação é a demonstração de que, mesmo diante de ameaças e ataques sistemáticos à sustentação financeira e ideológica das organizações de trabalhadores, a luta coletiva é o único caminho para a construção de um país justo e solidário que sempre sonhamos. A luta continua.
Histórico
A organização dos metalúrgicos da CUT no Estado de São Paulo iniciou no ano de 1986, logo após a fundação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), quando um grupo de Sindicatos resolveu desligar-se da Federação oficial, denominada “Federação Estadual dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas de São Paulo”.
Esta decisão nasceu de uma deliberação do 3º Congresso Nacional da CUT, na qual os delegados e delegadas aprovaram que vários Ramos de Sindicatos filiados à Central deveriam se organizar de forma a romper com as estruturas oficiais vigentes da época.
O ramo metalúrgico foi o primeiro a se organizar dentro da CUT, e, em 1988, foi fundado o Departamento Estadual de Metalúrgicos da CUT.
O passo seguinte foi fundar a Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da CUT no Estado de São Paulo (FEM-CUT/SP), que aconteceu no 1º Congresso da entidade, em 16 de fevereiro de 1992.
Em 2005, conquistou-se o reconhecimento oficial da Federação pelo Ministério do Trabalho, que reafirmou seus fundamentos e compromissos.
A Federação tem desenvolvido ações, por meio da promoção de cursos de formação sindical, da realização de políticas sociais e da elaboração de Convenções Coletivas de Trabalho que garantam conquistas para os metalúrgicos e metalúrgicas em todo o estado de São Paulo.