Organizado pela Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM-CUT/SP), encontro teve objetivo de debater a indústria brasileira
*Com informações da imprensa Sindmetp
A direção da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP), representada pelo presidente Erick Silva e pelo secretário-geral Max Pinho, além do diretor executivo Jorge José de Lima, esteve presente no Encontro de Trabalhadores(as) na Siderurgia, realizado pela Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT).
O encontro foi realizado no último dia 19 no Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba e faz parte da agenda da CNM-CUT para debater a indústria brasileira.
O debate girou em torno de temas como a Nova Indústria Brasil, as campanhas pela redução da jornada de Trabalho, pela valorização do piso nacional, as ações do movimento sindical para os vários segmentos da indústria e as realidades de cada região.
Erick Silva destacou a importância do encontro para organização da luta em prol da classe trabalhadora. “É fundamental que estejamos conectados em torno desse debate, falando a mesma língua para podermos avançar nessa pauta, gerando emprego e garantindo ainda mais melhores condições de trabalho”.
Ações importantes
O presidente da CNM/CUT, Loricardo de Oliveira, apontou a estratégia formulada no último encontro, um plano com 39 itens que foi entregue para o Instituto do Aço e também para o vice-presidente e Ministro da Indústria, Geraldo Alckmin.
Um grupo tripartite (trabalhadores, empresários e governo) foi criado para discutir questões do segmento, neste ano também deve ser formada uma frente parlamentar em defesa da indústria do aço, em Brasília. A discussão sobre a taxação da importação de aço também faz parte desse debate.
“É importante que os trabalhadores saibam que estamos pautando os empresários e o governo sobre as nossas demandas e também discutindo nesses encontros quais desses 39 itens que podem virar para uma pauta de reivindicação local”, disse.
Loricardo também ressaltou a importância do ramo do aço para Pinda. “O aço é para Pinda e o que o automotivo é para o ABC. Seja no aço especial, seja nos vergalhões, essa produção do aço no Brasil ela precisa estar vinculada com o trabalho decente, com distribuição de renda, com perspectiva de emprego. Quando a gente fala de redução de jornada vem o convencimento por parte do patronal de que vai ter redução de salário. E não é isso. A nossa pauta é redução de jornada sem redução de salário”, disse.
Ele também falou sobre a campanha nacional pela valorização do piso dos metalúrgicos. “É impossível você ter um piso cada vez mais baixo. A média a nível de Brasil hoje é de R$ 1.600, sendo que nós já estivemos com 50% acima do salário mínimo e hoje estamos com 15% acima do salário mínimo”, disse.
Além dos dirigentes dos sindicatos, também participaram do encontro o presidente do Sindmetalpinda, André Oliveira, o presidente da FEM-CUT/SP, Erick Silva, do secretário geral da Federação Max Pinho, o coordenador geral dos segmentos da CNM/CUT, Juarez Estevam Ribeiro, e a economista do Dieese Renata Filgueiras.
Confira as fotos do encontro (Foto: Guilherme Moura/Sindmetp)