Atividade integra a programação dos 65 anos do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, que serão comemorados em agosto
O ciclo de palestras em celebração ao Mês da Mulher movimentou 140 trabalhadoras nesse sábado (23) no Sindmetau (Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região). Durante o evento, elas assistiram apresentações sobre saúde da mulher, direitos e renda.
A atividade integra a programação dos 65 anos do Sindmetau, que serão comemorados em agosto. A coordenadora da secretaria da Mulher do Sindicato, Raquel Lopes Faria, explicou que o evento teve como meta aumentar a participação feminina e empoderar as mulheres.
“A importância desse evento é para mostrar para as mulheres que o Sindicato não é um ambiente totalmente masculino. Que as mulheres precisam começar a adentrar o Sindicato e tomar seu espaço para conseguir conquistar os seus direitos” afirmou Raquel.
As mulheres que lotaram o auditório do Sindicato aprovaram a iniciativa. “É um debate necessário. A gente trabalha em um meio super masculinizado. Então, a gente ter a sensação que alguém se preocupa com o básico do bem-estar feminino é gratificante”, apontou a metalúrgica Mariane Mirella, que trabalha na Volkswagen.
O presidente do Sindmetau, Claudio Batista, o Claudião, reforçou que um dos objetivos do evento é fortalecer a luta das mulheres. “A gente sempre quer uma atividade para desenvolver e fortalecê-las no ambiente de trabalho e na sociedade. O Sindicato tem papel fundamental nesse sentido.”
A primeira palestra do evento abordou aspectos da saúde da mulher com ênfase na nutrição. A nutricionista Marcela Camargo destacou dicas práticas para uma alimentação mais saudável.
“Organização e planejamento são as palavras chaves para se chegar ao equilíbrio. Não existe alimento bom ou ruim. O que existe é uma constância no dia a dia para respeitarmos nossos valores e nossa cultura alimentar”, disse.
Na sequência, o advogado especialista em direito do trabalho, Isaac do Carmo, falou sobre o contexto histórico do 8 de março e as principais leis conquistadas pelas mulheres. “Houve avanços nos últimos 20 anos. Mas as mulheres, que cada vez mais estão no mercado de trabalho, precisam se organizar enquanto coletivo para avançar nas conquistas”, aponta.
Já a economista do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Renata Belzunces, falou sobre o cenário da mulher no mercado de trabalho do ponto de vista do emprego e renda. Os números mostram que, apesar dos avanços, a desigualdade em relação aos homens ainda é uma realidade.
“A taxa de desemprego entre as mulheres é de 9%. A dos homens é de 6%. Outro número muito importante: o rendimento médio das mulheres, na média, é 20% menor do que dos homens”, exemplificou a economista.
Além das palestras presenciais, a vice-presidenta da CUT (Central Única dos Trabalhadores) Brasil, Juvandia Moreira, e a vice-presidenta da CUT-SP, Ivone Silva, falaram com as trabalhadoras por meio de vídeo.
A segunda-dama do Brasil, Lu Alckmin, também enviou uma saudação por vídeo. As trabalhadoras participaram ainda de sorteio de cursos e brindes. Um espaço kids, disponibilizado pelo Sindicato, garantiu a diversão das crianças. O evento contou com café da manhã.