
Nesta quarta-feira, 22, a CNM/CUT deu início ao debate que vai traçar os rumos da entidade para o próximo período. O encontro reuniu dirigentes de federações e sindicatos de metalúrgicos do Brasil e aconteceu na sede do Sindmetau (Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região).
O presidente em exercício da CNM/CUT, Loricardo de Oliveira, considerou o encontro fundamental. “Conseguimos reunir representantes dos metalúrgicos de vários sindicatos do Brasil, o que transformou o debate estratégico. Os dirigentes se comprometeram em construir uma CNM, no 11° congresso no ano que vem, voltada para sua origem de formação.”
O presidente da FEM-CUT/SP, Erick Silva, falou da importância das instancias sindicais focar num plano de lutas de transformação da sociedade, com programas de formação política e sindical que unifique a luta dos sindicatos a nível nacional. “Precisamos resgatar o plano de lutas dos nossos sindicatos, das Federações e Confederação, e focar num projeto de formação política e de ação sindical para que nossos sindicatos no Brasil tenham condições de fazer a luta”.
De acordo com o presidente do Sindmetau, Cláudio Batista, o Claudião, a reunião foi uma das mais importantes realizadas na sede da entidade. “Receber esses dirigentes do movimento sindical de todo o Brasil foi uma honra, bem como participar das discussões sobre os rumos estratégicos da CNM.”
O Secretario Geral da FEM-CUT/SP, Max Pinho, falou que é preciso resgatar o papel do CSE (Comitê Sindical por Empresas) e ampliar esse modelo de representação para todo o Brasil. Falou sobre a importância de trazer jovens para o movimento sindical e falou sobre o papel da Rede Vida Viva no fortalecimento das OLTs (Organização no Local de Trabalho).
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SP), Moisés Selerges, lembrou o Departamento Nacional dos Metalúrgicos da CUT, falou sobre o debate para unificação das estruturas sindicais, sobre a política de intercambio com outros países e entre os sindicatos no Brasil. “Os dirigentes de um sindicato passavam 15 dias na base de outro sindicato, trocando experiência num processo pratico de formação”.
Loricardo explicou que a entidade tem como origem o contrato coletivo nacional, a formação e a relação internacional. “O nosso grande propósito é olharmos para o futuro da CNM/CUT e definir o que queremos como organização nacional dos metalúrgicos da CUT”, declarou.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre (RS), Adriano Filippetto, afirmou que o debate é de extrema importância. “É o ponta pé inicial para definir o papel nacional da CNM”, disse Filippetto, ressaltando que também é urgente discutir o processo de desindustrialização do Brasil.
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco (PE), Henrique Gomes, o encontro se fazia necessário. “Estávamos precisando desse espaço, principalmente, diante dos ataques que estamos sofrendo. Assim, temos que nos juntar e fortalecer a CNM também por meio das redes sindicais e da parceria com entidades internacionais.”
Também participaram da reunião os presidentes dos Sindicatos dos Metalúrgicos de São Carlos (SP), Pindamonhangaba (SP), Minas Gerais (MG), São Leopoldo e Canoas (RS).
Próxima reunião
Uma nova reunião sobre os rumos da CNM deve ocorrer em novembro, com representantes de sindicatos dos metalúrgicos de outras regiões do Brasil. De acordo com Loricardo, o encontro será para analisar o cenário e já seguir para o 11º Congresso da CNM/CUT, previsto para 2023.
Texto: SindMetau
Edição: Comunicação FEM-CUT/SP