FEM-CUT/SP e sindicatos filiados já trabalham na organização da Campanha Salarial 2024; base teve 2,47% de perdas com a inflação em cinco meses
*Da Imprensa FEM-CUT/SP
As negociações das campanhas salariais nos três primeiros meses de 2024 tiveram resultados acima do índice inflacionário do período em 86,1% dos casos, segundo o Dieese. Em 10,7% das situações a reposição foi igual a inflação e em 3,2% o resultado foi menor do que o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).
De acordo com o Dieese, a valorização do salário mínimo em janeiro, que subiu 6,97% em relação ao valor vigente desde maio de 2023, foi um fator importante para influenciar as negociações salariais desde o início do ano.
No primeiro trimestre, os reajustes ficaram entre 6,5% e 7,5%, percentuais que garantiram aumento real nos salários que variaram entre 2,8% e 3,6% acima da inflação.
No recorte setorial, as negociações na indústria seguem com os maiores percentuais de reajustes acima da inflação em 2024 (88,0%), seguidas de perto pelos serviços (86,9%). No comércio, aumentos reais foram registrados em 76% dos casos.
Campanha Salarial dos Metalúrgicos
A Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) já deu início à organização da Campanha Salarial 2024. No mês passado, a entidade realizou um seminário com os 13 sindicatos filiados para definir as diretrizes das negociações com as bancadas patronais este ano.
Em cinco meses, de setembro de 2023 a março de 2024, a data-base dos trabalhadores da base da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) acumula 2,47% de perdas salariais com a inflação. Os dados são do Dieese e foram calculados com base no Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC), divulgado no início de abril.
Até 30 de abril, os sindicatos filiados à Federação realizam assembleias com as respectivas bases para votar a pauta de reivindicações que será levada para as negociações com os empresários.
A consolidação dos direitos nas Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs), a reposição integral da inflação e aumento real nos salários são os principais pontos da pauta. A Federação também defende a redução da jornada de trabalho sem redução de salários e maior redução na taxa dos juros Selic.
Após realização das assembleias em todo o estado, a FEM-CUT/SP irá realizar uma plenária, prevista para o mês de maio, com representantes dos 13 sindicatos filiados, onde será concluído a pauta de reivindicações e definido o tema, os eixos e o slogan da Campanha Salarial 2024.