Campanha criada pela ONU tem participação de entidades em mais de 150 países, entre elas a CUT
Começou no dia 20 de novembro, dia da Consciência Negra, a campanha “21 dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher”, promovida em nível mundial pela Organizações das Nações Unidas (ONU) para dar visibilidade ao permanente combate à violência contra as mulheres. No Brasil, a mobilização tem início no dia da Consciência Negra porque é esta a camada da população – em especial as mulheres negras – mais vitimada pelas diversas formas de agressão. Veja os dados abaixo.
Com a participação da CUT, a campanha é realizada por meio de diversas atividades como oficinas, debates e mobilizações com objetivo de chamar a atenção da sociedade para esta realidade e cobrar de governos a adoção de políticas públicas efetivas, nas mais diversas áreas como saúde e segurança, que possam promover maior proteção e acolhimento das vítimas.
Além da CUT e entidades do movimento sindical, o Congresso Nacional, por meio da Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, da Procuradoria Especial da Mulher do Senado e da Liderança da Bancada Feminina do Senado, também participa das atividades.
No dia 25, as estaduais e sindicatos filiados à CUT realizarão atos em locais públicos, locais de trabalho, bem como diálogo com a sociedade no sentido de conscientizar a população sobre a condição de opressão vivida pela mulher em nossa sociedade.
“Nós orientamos as entidades filiadas por meio de nosso coletivo de mulheres da CUT pela realização desses atos que serão locais e organizados pelas CUTs estaduais, sindicatos, federações e confederações ligadas a CUT. O foco é dialogar com as trabalhadoras e a sociedade quais são os tipos de violência, como acontecem e, principalmente, como combater essa situação”, diz a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT, Amanda Corcino.
Ela cita, entre outros, o próprio disque 180. A Central de Atendimento à Mulher presta escuta e acolhimento especializado às mulheres vítimas de violência, encaminhando os casos para os órgãos competentes. “E deve ser utilizado não só pelas vítimas por todas e todos que presenciam ou têm conhecimento de casos assim”, complementa a dirigente.
O envolvimento do conjunto da sociedade na luta pelo fim da violência é central para a campanha “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”. Ela é realizada todos os anos em mais de 150 países. A mobilização envolve, além do poder público, os mais diversos setores da sociedade civil.
“A CUT abraça essa campanha, porque faz parte de seus princípios e da sua atuação desde sua fundação combater todos os tipos de violência dentro e fora dos locais de trabalho,” diz Amanda Corcino
21 dias
O período compreende as seguintes datas:
- 25 de novembro – Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres;
- 29 de novembro – Dia Internacional dos Defensores dos Direitos da Mulher;
- 1º de dezembro – Dia Mundial de Combate à Aids;
- 3 de dezembro – Dia Internacional das Pessoas com Deficiência;
- 6 de dezembro – Dia dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres (campanha do Laço Branco);
- 10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos e encerramento oficial da campanha.
25 de novembro
A data, marcada como o Dia Internacional de Luta pelo Fim da Violência contra a Mulher, foi escolhida para lembrar as irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa), assassinadas pela ditadura de Leônidas Trujillo na República Dominicana.
Em março de 1999, o 25 de novembro foi reconhecido pelas Nações Unidas (ONU) como o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher.
Da Redação CUT Brasil