Direção da entidade cobra uma redução mais ousada dos juros para o Brasil avançar
*Imprensa FEM-CUT/SP, com informações da Agência Brasil
A direção da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) criticou o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), que aponta para uma interrupção da queda da taxa básica de juros, a Selic. O órgão anunciou a redução da taxa para 10,75% ao ano nesta quarta-feira (20), mas destacou que deve haver apenas mais um corte, no mês que vem.
O presidente da entidade, Erick Silva, afirma que o BC mantém uma postura conservadora e isso atrasa o desenvolvimento econômico e social do país. “O Brasil vive outra realidade com programas e investimentos que alavancam a economia. A inflação, sempre usada pelo Copom para manter os juros em alta, está num patamar baixo que permite que a redução dos juros seja maior”, diz ele.
O sindicalista também critica o presidente do Banco Central, Campos Neto. “Ele parece viver em outra realidade, não leva em consideração os importantes programas e investimentos realizados pelo governo federal, não vê a queda do desemprego e a economia se recuperando. Ele ainda parece enxergar a situação do ponto de vista de um indicado de Bolsonaro, que aposta no quanto pior, melhor”.
Erick acrescenta que é preciso que os juros sejam ainda menores para que a retomada do país seja completa. “O momento demanda união pelo Brasil e isso passa pelo Copom entender que somente com os juros abaixo dos dois dígitos poderemos de fato ter uma economia pulsante, que beneficia a classe trabalhadora”.
Max Pinho, secretário-geral da FEM-CUT/SP, destaca que é necessário aumentar a pressão nas ruas e nas redes. “A redução dos juros até agora só foi possível porque o povo pressionou. Não podemos enfraquecer essa luta, temos que nos engajar ainda mais, nas ruas e nas redes sociais, para mandar um recado claro ao Banco Central e a Campos Neto de que não vamos desistir até que os juros estejam num patamar aceitável”.
Sobre a Selic
A Taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) é a principal medida de juros usada pelo Banco Central. Ela influencia todas as outras taxas brasileiras. Na prática, quando a taxa Selic sobe ou se mantém em patamares altos, os empréstimos, financiamentos e investimentos tendem a ficar mais caros. O Banco Central usa a Taxa Selic para controlar a inflação, estimulando ou desestimulando o consumo.