Considerando todas as negociações de 2023 até o momento, 76,5% tiveram aumento acima da inflação

As categorias com data-base em julho tiveram bons resultados nas negociações dos reajustes salariais desse ano. De 165 categorias analisadas até 10 de agosto, 89,1% conquistaram ganhos reais de salários e 10,3% obtiveram reajustes iguais à inflação dos últimos 12 meses.
Apenas uma negociação (0,6%) teve reajuste abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (INPC/IBGE), usado como parâmetro nas análises.
O resultado de julho chata atenção quando comparado com o mesmo mês do ano anterior. Em julho de 2022, 66,5% das negociações tiveram reajuste abaixo da inflação.
Saldo do ano é positivo
Das 9.829 negociações de reajustes salariais de 2023 analisadas até 10 de agosto, 76,5% conseguiram resultados acima da inflação medida pelo INPC. Reajustes iguais a esse índice foram observados em 18% das negociações; e abaixo dele, em apenas 5,5% dos casos. A variação real média dos resultados no ano, até julho, é de 0,75% acima do INPC.
Em 2023, as negociações da indústria tiveram aumentos reais em 82,6% dos casos e reajustes iguais ao INPC em 12,7%. Apenas 4,8% dos resultados do setor ficaram abaixo do índice inflacionário.
Nos serviços, reajustes superiores à inflação chegaram à marca de 79,3%, enquanto 14,4% se igualaram ao INPC e 6,3% ficaram abaixo do índice.
No comércio, o percentual de resultados superiores ao INPC é menor (53,5%). No entanto, cerca de 42% das negociações registraram reajustes equivalentes à inflação, o que revela que só 4,8% não conseguiram repor as perdas inflacionárias, de janeiro a julho de 2023.
Campanha Salarial 2023
Os metalúrgicos da base da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) estão em Campanha Salarial. Até o momento, considerando os meses entre setembro de 2022 e julho de 2023, a categoria registrou 3,85% de perdas salariais com a inflação.
A data-base dos metalúrgicos da FEM-CUT/SP é em 1º de setembro. A direção da entidade já realizou reuniões para negociar a pauta de reivindicações dos trabalhadores com as seguintes bancadas patronais: G2 (Sinaees e Sindimaq), Sindicel, Sifesp (fundição), G8.3 (Simefre, Siamfesp e Sinafer), G3 (Sindipeças, Sindiforja e Sinpa), Siniem (estamparia) e Sindratar (refrigeração, aquecimento e tratamento de ar).