Para Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP), os dados apontam o Brasil no rumo certo, valorizando a classe trabalhadora
Puxada principalmente pelo estado de São Paulo, o Brasil registrou mais uma vez queda no índice de desemprego. A taxa recuou 8% no segundo trimestre para 7,7% no terceiro trimestre de 2023. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).
Em São Paulo, o recuo foi de 7,8% para 7,7% no período analisado. Outros dois estados também tiveram redução significativa no índice de desemprego, são eles: Maranhão que foi de 8,8% para 6,7%; e Acre, que registrou uma queda de 9,3% para 6,2%.
Em 23 unidades da Federação, a taxa manteve-se estatisticamente estável. Apenas em Roraima houve crescimento da taxa de desemprego, ao passar de 5,1% para 7,6%.
No terceiro trimestre deste ano, as maiores taxas de desemprego foram observadas na Bahia (13,3%), em Pernambuco (13,2%) e no Amapá (12,6%). As menores taxas ficaram com os estados de Rondônia (2,3%), Mato Grosso (2,4%) e Santa Catarina (3,6%).
“A queda no Brasil não foi um processo disseminado nos estados. A maior parte das unidades da Federação mostra tendência de redução na taxa de desocupação, mas apenas três estados registram queda estatisticamente significativa, principalmente por causa da redução da desocupação. E São Paulo tem uma importância dado o contingente do mercado de trabalho, o que influencia bastante a queda em nível nacional”, explica a pesquisadora do IBGE Adriana Beringuy.
Para o presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP), Erick Silva, a tendência de queda do desemprego mostra que o Brasil está no caminho certo e valorizando a classe trabalhadora. “Nos últimos anos, o país sofreu muito com a pandemia. Mas o principal problema foi a condução política de Bolsonaro, que fez o índice de desemprego e a informalidade aumentar e renda do trabalhador diminuir. Com o governo Lula, novamente o Brasil se mostra competitivo, recebendo importantes programas e investimentos que movimentam a economia e, consequentemente, faz crescer os empregos. Estamos confiantes que iremos avançar cada vez mais”.
Comparações
Na comparação por sexo, a taxa de desocupação no terceiro trimestre foi de 6,4% para os homens e de 9,3% para as mulheres. Em relação à cor ou raça, a taxa entre os brancos ficou em 5,9%, enquanto entre os pretos o indicador foi de 9,6% e entre os pardos, de 8,9%.
Considerando-se o nível de instrução, a maior taxa de desocupação ficou entre as pessoas com ensino médio incompleto (13,5%). Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 8,3%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,5%).
Com informações da Agência Brasil