Negociação sindical garantiu cinco meses de salários e indenização para os demitidos, além de três meses de emprego para os demais trabalhadores
*Com informações da imprensa Sindmetp
Após a Gerdau não aceitar aplicar uma nova etapa de layoff e demitir trabalhadores na quarta-feira, 14, o Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba, filiado à FEM-CUT/SP, garantiu um acordo para minimizar a situação.
A negociação com a empresa não conseguiu reverter as demissões, mas garantiu o pagamento de cinco meses de salário e uma indenização de R$ 3 mil para os trabalhadores demitidos. Além disso, o acordo prevê a garantia de mais três meses de emprego para os demais metalúrgicos.
Na quarta-feira, 14, quando as demissões foram aplicadas, os trabalhadores iniciaram uma paralisação no turno da madrugada. A manifestação teve adesão dos demais turnos. O vice-presidente da FEM-CUT/SP, Claudio Batista da Silva Junior (Claudião), participou da mobilização dos metalúrgicos, em Pindamonhangaba.
A partir disso, aconteceu a tratativa com a Gerdau, nesta quinta-feira, 15. O presidente dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba, André de Oliveira, disse que considera o acordo um avanço, apesar do momento difícil.
“Cada emprego é importante. Foi um avanço diante do cenário. A situação é crítica. Conseguimos segurar esses empregos por um ano com vários acordos. Lá atrás a empresa já falava de um excedente de 400 pessoas. A produção piorou e ainda havia ainda o medo de novas levas de demissões e essa garantia de emprego foi um avanço nesse sentido”, disse.
A Gerdau emprega agora cerca de 2.500 trabalhadores e atua no ramo do aço com foco no ramo automotivo.
A direção da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) se solidariza com os trabalhadores demitidos e com os demais da Gerdau e expressa apoio irrestrito aos Metalúrgicos de Pindamonhangaba.