Dirigentes já realizaram mais de 20 rodadas de negociações com as bancadas patronais e aguardam propostas com aumento real nos salários e direitos da CCTs
Em reunião realizada nesta quinta-feira (1º), a direção da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) e os sindicatos filiados reafirmaram a luta para fechar a Campanha Salarial 2024 até o final de agosto. O encontro foi realizado na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba (SMetal).
Os dirigentes sindicais defendem que as Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs) sejam assinadas no início de setembro, que marca a data-base dos metalúrgicos da base da FEM-CUT/SP. Com a assinatura dos acordos nesse período, os trabalhadores poderão perceber as conquistas nos vencimentos do mesmo mês.
Erick Silva, presidente da entidade, explicou que já foram realizadas mais de 20 rodadas de negociações com as bancadas patronais, com exceção do G10, que representa micro e pequenas empresas. Além dos encontros presenciais, os dirigentes da FEM-CUT/SP mantém constante comunicação com os representantes dos empresários.
“Levamos a pauta de reivindicações aprovada pela categoria e cobramos dos empresários o que é direito dos trabalhadores, que é aumento real nos salários e os direitos contidos nas Convenções Coletivas. Temos indicativo de avanço com parte das bancadas e, em outras, a situação ainda está emperrada. De qualquer maneira, seguimos firmes na luta pela valorização dos metalúrgicos e com o compromisso de fechar a questão o quanto antes”, afirma Erick.
O sindicalista destacou que o objetivo da FEM-CUT/SP e dos sindicatos filiados é levar as propostas para votação dos trabalhadores ainda em agosto. “Temos que avançar nas negociações para que essa Campanha Salarial seja resolvida neste mês e, já em setembro, os metalúrgicos possam receber as conquistas deste ano”.
Para Max Pinho, secretário-geral da FEM-CUT/SP, a mobilização da categoria é fundamental nessa etapa da Campanha Salarial. Ele lembra que os metalúrgicos estão unidos e em sintonia com os sindicatos desde o início.
“O lançamento da nossa Campanha, em Pindamonhangaba, foi um momento importante que mostrou o tamanho e a força da nossa categoria. Além disso, os sindicatos filiados estão fazendo um trabalho muito importante, de manter a mobilização e a disposição de luta dos metalúrgicos para avançarmos em uma Campanha Salarial vitoriosa”.
O vice-presidente da FEM-CUT/SP, Claudião Batista, lembrou que os sindicatos estão unidos e destacou o trabalho da entidade na Campanha Salarial. “Resgatamos a unidade dos companheiros nas fábricas, que estão junto conosco nessa luta, dando apoio e mobilizados. A Federação tem feito um trabalho exemplar na organização dessa Campanha Salarial e nas negociações com as bancadas patronais, com a firmeza necessária para trazer bons resultados”.
O encontro desta quinta-feira (1º) contou com apresentação da economista Caroline Gonçalves, da subseção do Dieese da FEM-CUT/SP, que apresentou dados da economia brasileira. As informações servem como importante parâmetro para as negociações da Campanha Salarial 2024.
O presidente e o secretário-geral da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM-CUT), Loricardo de Oliveira e Renato Carlos de Almeida, respectiv, e do chefe regional de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ubiratan Vieira, que destacaram a importância da FEM-CUT/SP e dos sindicatos luta pelos direitos dos trabalhadores.
Data-base
Em 10 meses, entre setembro de 2023 e junho de 2024, os trabalhadores da base da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) tiveram 3,58% de perdas salariais com a inflação. O cálculo realizado pelo Dieese leva em consideração o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
No mesmo período do ano passado, os metalúrgicos acumulavam 3,87% de perdas salariais com o índice inflacionário, segundo o Dieese.
Este ano, a Campanha Salarial tem como slogan “Unidade e Luta – Vamos Conquistar a Nossa Parte”. Já os principais eixos que serão negociados com as bancadas patronais são: 1. Valorização das Convenções Coletivas; 2. Reposição da Inflação; 3. Aumento Real; 4. Redução da Jornada de Trabalho Sem Redução de Salário; e 5. Redução dos Juros.
Confira as fotos (Foguinho/Imprensa SMetal):