Entidade destaca que juros altos prejudicam a economia brasileira e a classe trabalhadora
*Imprensa FEM/CUT/SP
A direção da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) repudia a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, que manteve a taxa básica de juros, a Selic, em 10,5%. O anúncio do órgão foi feito nesta quarta-feira (19).
A justificativa dos membros do Copom para manter a Selic no atual patamar foi uma expectativa futura de aumento da inflação e desvalorização da moeda brasileira, o real.
Para a FEM-CUT/SP, a decisão vai contra a expectativa da classe trabalhadora e de toda sociedade brasileira, que tem protestado e pedido pela queda dos juros.
Os dirigentes da entidade destacam que, com os juros no atual patamar, o governo tem mais gastos com os títulos da dívida pública e, como consequência, sobram menos recursos para importantes investimentos em áreas fundamentais para o crescimento da economia.
Dessa maneira, os projetos e programas do governo, que visam a manutenção e a ampliação dos empregos, ficam prejudicados, com menos recursos e isso reflete do outro lado, colocando em risco postos de trabalho, por exemplo.
Além disso, com a Selic a 10,5% ao ano, o crédito fica mais caro e, portanto, o custo de vida sobe. Com menos dinheiro para gastar, a economia gira em ritmo menor e afeta todo sistema, trazendo o risco do desemprego para a realidade dos brasileiros, sem contar a possibilidade de maior endividamento das famílias brasileiras.
Cabe ainda enfatizar que com os juros altos, o poder de compra dos trabalhadores fica reduzido e isso tem relação direta com a Campanha Salarial 2024. Enquanto a FEM-CUT/SP e os sindicatos filiados lutam por aumento real nos salários, o atual patamar da Selic fará com que o resultado das negociações tenha menor impacto no bolso do trabalho.
Já passou da hora do Copom, que está nas mãos de um projeto político de direita com Campo Neto, entendem que é preciso jogar a favor do Brasil e trabalhar para que, com juros menores, o país se desenvolva em todo seu potencial, alcançando cada vez o posto de uma das principais economia do mundo. Portanto, a FEM-CUT/SP exige Juros Baixos Já e Fora Campos Neto!