Entidade defende a saída do presidente do Banco Central e a redução da taxa básica de juros para garantir a plena recuperação da economia
*Direção FEM-CUT/SP, com informações da CUT-Brasil
Mais uma vez o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), joga contra os interesses do Brasil e eleva a taxa básica de juros (Selic). Com o aumento anunciado nesta quarta-feira (18), que elevou 0,25 ponto percentual, deixando os juros em 10,75% ao ano, o custo de vida fica mais caro para o povo brasileiro.
A direção da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) vem protestando contra a alta nos juros há tempos. A entidade também alerta que a política praticada pelo presidente do BC, Campos Neto, é voltada para atender aos interesses do setor financeiro e, com isso, jogar o peso dessa conta nas costas da classe trabalhadora.
Além disso, de acordo com denúncia do caso Pandora Papers, realizada pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês), Campos Neto é detentor de quatro empresas em paraísos fiscais e que estariam sendo beneficiadas com investimentos em títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional. Investigações sobre a situação estão em andamento.
O presidente do BC, desta forma, estaria agindo em benefício próprio ao manter a taxa de juros nas alturas e fazendo com que a sociedade brasileira seja a principal prejudica com a situação.
Do outro lado, a inflação segue sob controle. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sofreu deflação de 0,02% no período de 12 meses terminados em agosto, com isso a taxa acumulada é de 4,24%, abaixo do teto da meta estabelecida para o país em 2024.
O Brasil como um todo, apesar da grande tragédia das inundações no Rio Grande do Sul e das queimadas que assolaram o território nacional, segue se recuperando de dois (des)governos – Michel Temer e Bolsonaro.
Com o governo Lula, o país voltou a ser competitivo mundo afora e os investimentos têm garantido a elevação da economia, com um dos menores índices de desemprego dos últimos anos.
Além disso, o resultado da Campanha Salarial 2024, liderada pela FEM-CUT/SP, que garantiu reajuste com aumento real nos salários, tende a ser prejudicada com os juros altos mantidos por Campos Neto. A Selic no atual patamar faz com os trabalhadores metalúrgicos tenham menos poder de investimentos e isso também reflete na economia.
Como vem reafirmando há tempos, a direção da Federação Estadual dos Metalúrgicos enfatiza que o pleno desenvolvimento do Brasil – e consequentemente o benefício do povo brasileiro – só é possível com juros baixos. Para isso, é urgente que Campos Neto esteja fora da presidência do Banco Central.
A entidade segue na luta pela categoria metalúrgica e por toda sociedade brasileira.