Negociações da entidade na Campanha Salarial 2024 garantiram a reposição integral da inflação e 1,2% de aumento real; direitos das CCTs também foram ampliados
*Imprensa FEM-CUT/SP
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a variação da cesta de compras para famílias com renda de até cinco salários mínimos, teve deflação (queda de preços) de 0,14% em agosto deste ano. Com isso, a data-base dos metalúrgicos da base da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) acumulou perdas de 3,71% entre setembro de 2023 e agosto de 2024.
As negociações da Campanha Salarial 2024 entre a FEM-CUT/SP e as bancadas patronais garantiram a reposição integral da inflação (3,71%) e 1,2% de aumento real. No total, os metalúrgicos vão receber 4,95% de reajustes nos salários.
O resultado está acima da média de conquistas nas negociações dos metalúrgicos em todo Brasil. Segundo o Dieese, a média de aumento real na categoria foi de 0,9%.
Erick Silva, presidente da FEM-CUT/SP, destaca que o aumento real conquistado pela categoria tem maior impacto com a inflação mais baixa.
“O peso do custo de vida é o que sempre buscamos minimizar com as negociações da Campanha Salarial. Quando temos uma inflação menor, significa que os preços ficaram mais baixos e, com isso, o aumento real que chega no bolso do trabalhador garante que ele possa ter mais condições de adquirir aquilo que é necessário para viver e para garantir o sustento da família”.
O sindicalista completa que ter uma inflação menor é uma cobrança da entidade. “Sempre dialogamos com o governo para busque medidas para que a inflação esteja sobre controle porque isso é fundamental para todos nós, que vamos pagar mais barato por aquilo que é fundamental no nosso dia a dia”.
Mais conquistas
Max Pinho, secretário-geral da FEM-CUT/SP, lembra que os direitos trabalhistas dos metalúrgicos, além de garantidos, também foram ampliados com a renovação das Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs).
“As CCTs trazem importantes direitos para um local de trabalho seguro, para a saúde e para o futuro dos trabalhadores. Somente com as CCTs os trabalhadores estão de fato protegidos e podem exercer suas funções com a segurança que merecem. Conquistas nas Convenções Coletivas, algumas delas por dois anos, é uma grande vitória da categoria. Sem contar que fechamos antes da data-base, garantindo que as conquistas cheguem mais rápido para a categoria”.
A secretária da Mulher Trabalhadora da FEM-CUT/SP, Ceres Ronquim, destaca que as trabalhadoras garantiram importantes avanços nas CCTs.
“Todos os anos lutamos para ampliar os direitos das trabalhadoras, que ainda carecem de proteção para exercerem sua função. Por isso, é uma grande vitória termos avançado nas negociações e termos incluído pontos fundamentais nas CCTs de parte dos grupos patronais. É, sem dúvida, uma grande vitória para todas nós”.
No caso das trabalhadoras, os acordos celebrados pela entidade têm avanços fundamentais, como a garantia para a mulher que retornar da licença maternidade sem prejuízos no trabalho, a melhoria da cláusula do auxílio creche, que abrange mais mulheres nas empresas, e a menção da lei de igualdade salarial.
Confira como ficou a situação em cada grupo patronal:
G8.III – SIMEFRE, SINAFER e SIAMFESP
Renovação das cláusulas sociais por um ano com avanços nas cláusulas inerentes aos direitos das mulheres. INPC + 1,2% de aumento real.
SIESCOMET
Renovação das cláusulas sociais por um ano com avanços nas cláusulas inerentes aos direitos das mulheres. INPC + 1,2% de aumento real.
SINDICEL
Renovação das cláusulas sociais por dois anos com avanços nas cláusulas inerentes aos direitos das mulheres. INPC + 1,2% de aumento real.
G3 – SINDIPEÇAS, SINDIFORJA e SINPA
Renovação das cláusulas sociais por dois anos com avanços nas cláusulas inerentes aos direitos das mulheres. INPC + 1,2% de aumento real.
SIFESP (Fundição)
Renovação das cláusulas sociais por dois anos. INPC + 1,2% de aumento real.
SINDIFUPI
Renovação das cláusulas sociais por um ano. INPC + 1,2% de aumento real.
SINDRATAR
Renovação das cláusulas sociais por dois anos com avanços nas cláusulas inerentes aos direitos das mulheres. INPC + 1,2% de aumento real.
G2 – SINDIMAQ e SINAEES
Renovação das cláusulas sociais por dois anos. INPC + 1,2% aumento real.