
O professor universitário e sociólogo Clemente Ganz Lúcio participou nesta terça-feira, 23 de fevereiro, dos debates preparatórios à Plenária Estatutária da FEM/CUT-SP. Clemente que já ocupou o cargo de diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos (DIEESE) e foi membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, abordou vários assuntos com destaque para o sindicalismo, modelo energético moderno, a desigualdade social, entre outros.
Para o professor e sociólogo, o sindicalismo de hoje está estruturado numa forma de organização do trabalho em transformação e citou grandes transformações que estão em curso e alteraram o mundo do trabalho drasticamente: 1 – O desenvolvimento do modelo energético infinito e bem mais barato (solar e eólico) associado à internet 5G que vai possibilitar acesso à rede mundial de computadores com informações de qualquer lugar do planeta sem a utilização de um único cabo. 2 – Transformação do mundo do trabalho – ele usou os bancários como exemplo, que dispensa a presença ou trabalho manual, ampliando dramaticamente a flexibilização do sistema produtivo e a prestação de serviço. Para Clemente, o problema é que essas transformações são dominadas pelo mercado e ataca diretamente a democracia.
O professor e sociólogo disse que a força do trabalho de hoje é constituída por uma massa de precarizados sem representação, necessitando repensar a estrutura sindical para ampliação desta representação. “Essa estrutura sindical está assistindo à um grande aumento da desigualdade no país e pode ter papel fundamental para encantar a sociedade, mas para isso precisa ser ressignificado”.
Finalizando, Clemente Ganz Lúcio fez uma afirmação preocupante: “”Essa geração deixará um mundo pior para os filhos, sem capacidade de mobilidade social e direitos”.
Agência de notícias da FEM-CUT/SP
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