
Com o resultado do Índice Nacional dos Preços ao Consumidor (INPC) de agosto, a data-base dos metalúrgicos fecha com 8,83% de perdas com a inflação.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados do INPC de agosto nesta última sexta-feira, 9. O índice registrou queda de -0,31%, baixa amparada principalmente pela redução nos preços dos combustíveis.
Essa redução teve impacto direto no grupo de transportes, que teve queda de -0,65% no mês passado. Por outro lado, a alimentação continuou com inflação. O grupo de alimentos e bebidas cresceu 0,06% em agosto.
Outros grupos também tiveram alta, como é o caso da saúde e cuidados pessoais, que subiu 0,17%, e vestuário, que aumentou 0,09%.
O presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP), Erick Silva, enfatiza que a categoria deve ficar atenta para as medidas eleitoreiras do governo federal.

“Na prática, a redução dos preços e a deflação registrada nos últimos dois meses tiveram como base o desespero de Bolsonaro em melhorar sua imagem com a proximidade das eleições. Mas tudo isso é superficial e tem prazo para acabar. O trabalhador sabe bem o quanto pagou mais caro por tudo, principalmente nos alimentos, nos últimos anos, e quanto está difícil colocar comida na mesa da família”.
Erick aponta as dificuldades da Campanha Salarial 2022 “Os sindicatos filiados à FEM estão unificados, mas as bancadas patronais estão pulverizadas e isso nos leva às várias frentes de negociação. Temos um cenário difícil, com propostas de parcelamento do reajuste salarial e também com a tentativa de retirada de direitos”.
Para Max Pinho, secretário geral da Federação, é momento da categoria intensificar as mobilizações. “Nosso compromisso de buscar reajuste digno para os metalúrgicos continua firme nas negociações com as bancadas patronais e contamos com a força dos trabalhadores em todo estado, que estão junto dos sindicatos ampliando as assembleias para garantir uma Campanha Salarial de sucesso, como sempre tivemos”.

Ele completa a importância de mudar o cenário político para ampliar as conquistas. “De nada adianta termos uma Campanha Salarial vitoriosa e continuarmos com um governo que está contra a classe trabalhadora. Em outubro, temos o compromisso de eleger pessoas comprometidas com os trabalhadores para que nossos direitos estejam, de fato, assegurados”.
Texto: Imprensa SMetal
Edição: Comunicação FEM-CUT/SP