Caso aconteceu nesta terça-feira, 3, em São José dos Campos; metalúrgicos da Embraer estão sem CCT ou ACT desde 2017
A direção da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) vem a público repudiar a repressão sofrida pelos trabalhadores da Embraer, em São José dos Campos, nesta terça-feira, 3, que exerciam o legítimo direito de reivindicar a valorização dos salários na Campanha Salarial 2023. A empresa não assina Convenção Coletiva de Trabalho nem Acordo Coletivo de Trabalho desde a reforma trabalhista, em 2017.
A FEM-CUT/SP também se solidariza com o dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, José Dantas Sobrinho, e o militante do movimento por moradia Luta Popular, Ederlando Carlos da Silva, presos injustamente pela Polícia Militar do Estado de São Paulo e levados para delegacia da Polícia Federal da cidade.
O ocorrido demonstra a força bruta do governo do Estado de São Paulo interferindo na relação capital-trabalho e não respeitando a decisão dos trabalhadores da Embraer, que aprovaram em assembleia a paralisação parcial como método para cobrar aumento salarial e manutenção dos direitos.
Não se justifica esperar a aprovação dos trabalhadores pelo direito de se manifestar para prender e agredir dois trabalhadores que estavam no local como forma de repressão ao movimento, que tem legalmente o direito de acontecer como forma de reivindicação. Muito menos cabe deixar os dois manifestantes por mais de uma presos na viatura como método de humilhação e constrangimento.
É preciso lembrar que as entidades sindicais sempre prezam pelo diálogo e pela negociação. No entanto, quando esses caminhos se mostram esgotados e o setor patronal não aceitar atender as legítimas reivindicações dos trabalhadores, a paralisação é um instrumento legal, o qual a classe trabalhadora pode e deve recorrer.
Portanto, quando pais e mães de famílias, que são quem garantem a produção das empresas, não têm os seus direitos respeitados, devem escolher a luta pela valorização sem que sofram represálias ou perseguições, como a ocorrida em São José dos Campos.
A FEM-CUT/SP sempre esteve e continuará ao lado dos trabalhadores, defendendo o direito democrático à manifestação. Por isso, junto das Centrais Sindicais, a FEM-CUT/SP exige a liberação imediata de José Dantas Sobrinho e Ederlando Carlos da Silva.
A direção