Atividade é promovida pelos Coletivos da entidade e conta com apoio da CNM/CUT e dos Metalúrgicos do ABC
Os Coletivos da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) realizam o encontro “Silêncios que ferem: entendendo e combatendo o assédio” na próxima quinta-feira (29). O evento é voltado para os trabalhadores metalúrgicos e acontece no Centro de Formação Celso Daniel, do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a partir das 8h30.
A formação proposta pela FEM-CUT/SP conta a participação dos Coletivos de Comunicação, Formação, Mulheres, Política Sindical, Políticas Sociais, Racial e Saúde e tem apoio da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM-CUT/SP) e do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
O objetivo do encontro é refletir os desafios contemporâneos ligados à violência, principalmente de gênero, ocorridos nos locais de trabalho e outros espaços sociais.
Durante o encontro, haverá apresentações, palestras e oficinas que vão abordar temas como o assédio e a NR5, relações de poder, democracia, Lei Maria da Penha, Promotoras Legais Populares e os Coletivos Sociais da FEM-CUT/SP.
Ceres Ronquim, secretária da Mulher Trabalhadora da FEM-CUT/SP, destaca a importância do evento. “Ainda enfrentamos muitos problemas nos locais de trabalho e na sociedade, especialmente com relação às mulheres trabalhadoras. Por isso, temos que trazer esse tema para o centro do debate e buscarmos caminhos para que o assédio deixe de ser uma triste realidade nas nossas vidas. A FEM-CUT/SP e os sindicatos filiados estão empenhados nessa luta”.
Jorge Lima, coordenador do Coletivo de Formação, explica que combater o assédio moral e sexual é essencial para preservar a saúde mental e prevenir o surgimento de doenças psíquicas graves.
“Essas formas de abuso no ambiente de trabalho ou em outras esferas da vida causam danos profundos à autoestima, geram estresse crônico e podem levar ao desenvolvimento de transtornos como depressão, ansiedade e síndrome do pânico. Promover um ambiente seguro e respeitoso, com políticas claras de prevenção e apoio às vítimas, é fundamental para evitar esses impactos devastadores e garantir o bem-estar de todos”.
Max Pinho, secretário-geral da FEM-CUT/SP e coordenador do Coletivo de Comunicação, lembra que a proposta de formação constante foi uma das diretrizes definidas no 9º Congresso da entidade, realizado no ano passado.
“Temos um compromisso de defender a categoria em todos os aspectos e isso passa pela formação. Entender como o assédio funciona e quais são as ferramentas que dispomos para combatê-lo é um caminho essencial para todos nós. Os trabalhadores e trabalhadoras podem contar conosco sempre”.