Documento será protocolado junto as bancadas patronais em evento que será realizado na Fiesp, Abimaq, Abifa e Sindipeças, em São Paulo

A direção da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) e os 13 sindicatos filiados realizam nesta quinta-feira, 6, a entrega da pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2023 para as bancadas patronais. O evento vai acontecer Fiesp, Abimaq, Abifa e Sindipeças, em São Paulo.
Os metalúrgicos da FEM-CUT/SP definiram como slogan este ano “A Luta Continua pela Reconstrução dos Direitos, dos Salários e da Democracia”. As negociações também vão levar em consideração seis eixos principais:
1. Reposição da Inflação;
2. Aumento Real;
3. Valorização dos Pisos Salariais;
4. Valorização das Convenções Coletivas de Trabalho;
5. Redução da Jornada sem Redução de Salário;
6. Redução dos Juros.
Ao todo, a FEM-CUT/SP negocia a Campanha Salarial com 11 grupos patronais. A pauta de reivindicações será dividia em duas partes:
PAUTAS CHEIAS (nos grupos onde haverá negociações salariais e de Cláusulas Sociais)
Sicetel – trefilação e laminação de metais ferrosos
Siescomet – esquadrias e construções metálicas
Siniem – estamparia
Sindratar – refrigeração, aquecimento e tratamento de ar
Sifesp – fundição
Sindifupi – funilaria e pintura
Grupo 10 – Fiesp e aeroespacial
Grupo 8.3 (Simefre, Siamfesp e Sinafer) – artefatos de ferro, metais e ferramentas, materiais e equipamentos ferroviários e rodoviários, artefatos de metais não ferrosos
Grupo 2 (Sindimaq e Sinaees) – máquinas, aparelhos elétricos, eletrônicos
PAUTA PARCIAL (nos grupos onde haverá somente negociações salariais e que contam com cláusulas sociais válidas até 2024)
Grupo 3 (Sindipeças, Sindiforja e Sinpa) – autopeças, forjaria e parafusos
Sindicel – condutores elétricos, trefilação e laminação de materiais não ferrosos
Perdas salariais
Os metalúrgicos da FEM-CUT/SP tem como data-base 1º de setembro. Ao todo, considerando os meses entre setembro de 2022 e maio de 2023, a categoria acumulou 4,05% de perdas com a inflação. O cálculo leva em conta o Índice de Preços ao Consumidor (INPC) do período. Mais de 200 mil trabalhadores são abrangidos pelas negociações da Federação.
Trabalho intenso
O presidente da FEM-CUT/SP, Erick Silva, afirma que a entidade e os sindicatos estão preparados para as negociações. “A partir de quinta-feira, iniciamos esta importante etapa da nossa Campanha Salarial 2023. Vamos sentar com bancadas patronais com o compromisso de buscar a valorização salarial da categoria de modo que as perdas sejam repostas e que haja aumento real. Além disso, iremos trabalhar firmemente para manutenção e ampliação dos direitos nas Convenções Coletivas de Trabalho”.

Erick completa que os metalúrgicos e metalúrgicas podem contar com o empenho dos dirigentes sindicais. “Toda companheirada no estado de São Paulo pode ter a certeza que vamos ser firmes nas negociações para buscar os melhores acordos possíveis. Não fugimos da luta nunca e este ano não será diferente”.
Max Pinho, secretário-geral da Federação, destaca o papel dos sindicatos no processo. “Nas últimas semanas, os sindicatos filiados à FEM fizeram um excelente trabalho, realizando assembleias juntos às suas bases para referendar as propostas que serão defendidas na Campanha Salarial 2023. Esse papel é fundamental para dar força nas negociações e mostrar para os patrões que estamos dispostos a buscar nossos direitos, seja nos salários, seja nas cláusulas sociais”.

Juros baixos e mobilização
Para o vice-presidente da entidade, Claudio Batista da Silva Junior (Claudião), um dos principais pontos da Campanha Salarial 2023 é lutar pela redução da taxa básica de juros. “É fundamental que estejamos mobilizados para fazer essa defesa nesse período. Sem juros mais baixos, os impactos positivos de boas negociações que fizermos não terá tanto efeito. Portanto, Campos Neto fora do Banco Central e a taxa de juros menor é um compromisso que temos que assumir enquanto categoria”.
A secretária da Mulher Trabalhadora da Federação, Ceres Roquim, afirma que a luta pelas será um dos principais pontos da Campanha Salarial 2023. “Todas as companheiras sabem dos nossos esforços para manutenção e ampliação dos direitos das metalúrgicas e este ano não será diferentes. Vamos buscar a valorização de toda categoria e das mulheres. É como sempre costumamos dizer, quando as mulheres avançam, nenhum homem retrocede”.

Outro ponto importante enfatizado pela FEM-CUT/SP é a unidade e mobilização dos metalúrgicos e metalúrgicas, como explica Adilson Faustino (Carpinha), secretário de administração da entidade.
“Sempre costumamos dizer que os patrões não devem duvidar da capacidade de luta da categoria. Mais uma vez, convocamos todos os trabalhadores da nossa categoria para, juntos, mostrarmos a nossa força e fazermos da Campanha Salarial 2023 uma grande conquista coletiva”.
Imprensa FEM-CUT/SP