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Nesta quarta-feira, 6 de abril, acontecerá um debate virtual “Híbrido/Etanol – Motor do Futuro”, que reunirá trabalhadores, montadoras, indústria do etanol, governos e outras entidades para debater alternativas nacionais para a mobilidade. O debate teve um primeiro evento em outubro passado.
O carro elétrico é uma novidade, desperta a curiosidade das pessoas, oferece uma experiência nova de dirigibilidade e a promessa de enorme economia, sem falar no apelo da sustentabilidade.
Em meio à grande onda que parece estar pronta a varrer o mundo dos automóveis a combustão é importante fazer algumas perguntas.
Primeiro, se na hora de abastecer ou carregar a sensação é de economia e consciência limpa em relação ao meio ambiente, esqueça, pois, a produção e posterior descarte da bateria são altamente dispendiosos, seja pelo alto valor, seja pelo uso de materiais nobres e raros com alto impacto ambiental na extração e impossibilidade de reciclagem, ao menos por enquanto. Então, por que na Europa há um compromisso de acabar com os carros movidos a derivados de petróleo em cerca de 10 anos?
Na Europa, assim como na China, há razões geopolíticas envolvidas que nem resvalam na questão ambiental, a dependência total de importações de petróleo por exemplo.

Considerando a matriz energética europeia, altamente dependente da queima de carvão natural em usinas termoelétricas, um carro elétrico pode poluir mais do que um a etanol no Brasil.
Então temos a tecnologia do carro elétrico, toda desenvolvida na matriz das montadoras instaladas no Brasil, europeias, chinesas e americanas, lógico!
Simplificando facilmente percebemos que estamos num processo de transição estratégica dessas tecnologias nos países ricos e de empurrar tais tecnologias nos demais países, gerando grande transferência de recursos para esses países, financiando seu desenvolvimento.
No Brasil não precisamos importar essa tecnologia, muito pelo contrário, temos o etanol largamente testado e disponível em todo território nacional. Sem falar na estrutura de produção, totalmente renovável e em franca ampliação de capacidade.

Então, o carro elétrico no Brasil é um engano? Mais um, eu diria!
Por isso os metalúrgicos do estado de São Paulo resolveram debater o tema, chamar todos os envolvidos e traçar uma estratégia nacional.
Projetos nacionais são mais do que nunca urgentes e indispensáveis!