Com a recente notícia, divulgada pela imprensa brasileira, de que os Ministérios da Fazenda e do Planejamento preparam um pacote com medidas de cortes de gastos, com alterações na multa do FGTS em demissões sem justa causa e no seguro-desemprego, a diretoria da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) se posiciona da seguinte forma:
Primeiro, a FEM-CUT/SP é radicalmente contra toda e qualquer medida que venha retirar ou diminuir direitos das trabalhadoras e trabalhadores, independente de governo. Esses são nossos princípios e valores enquanto classe.
A entidade destaca que é fundamental que o governo abra a discussão com as centrais sindicais antes de qualquer anúncio oficial. Com isso, apoiamos e reiteramos o pedido da CUT (Central Única dos Trabalhadores) para uma reunião com representantes do governo já para os próximos dias.
A entidade também defende que qualquer medida para equilibrar as contas públicas não pode ser pensada só do ponto de vista do mercado, que sempre defende cortes em investimentos importantes como nas áreas da saúde, educação e infraestrutura, entre outros. É preciso uma discussão ampla com a sociedade, com um olhar também para o desenvolvimento social.
Nos últimos anos, os governos Temer e Bolsonaro priorizaram a pauta dos empresários e reduziram investimentos de recursos públicos, levando o país a altos níveis de desemprego e à precarização dos serviços públicos essenciais para a maioria da população brasileira.
A FEM-CUT/SP defende que é preciso ter coragem de enfrentar importantes questões, como a taxação de grandes fortunas e o aumento de impostos para a pequena parcela mais rica da sociedade. Para a entidade, a população mais pobre, que é grande força de trabalho do Brasil e que faz a economia girar, não pode ser penalizada com medidas feitas para atender o mercado financeiro.