Entidade cobra propostas das bancadas patronais que tenham aumento real nos salários e importantes direitos trabalhistas
*Imprensa FEM/CUT/SP
Faltando menos de um mês para a data-base, os trabalhadores da base da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) acumulam 3,85% de perdas salariais com a inflação. O cálculo realizado pelo Dieese leva em conta o Índice de Preços ao Consumidor (INPC) entre setembro de 2023 e julho de 2024.
A direção da FEM-CUT/SP destaca que garantir a reposição integral da inflação mais aumento real nos salários é um dos principais compromissos da Campanha Salarial 2024.
Para o presidente da FEM-CUT/SP, Erick Silva, a valorização salarial é importante para os metalúrgicos e para a economia brasileira. “A inflação tira o poder de compra dos trabalhadores e isso prejudica a economia. É fundamental que os salários tenham a reposição da inflação e aumento real. Só assim podemos garantir a valorização da categoria e contribuir para o giro da economia, que leva emprego e renda para todos os setores”.
Erick explica que a Federação já realizou rodadas de negociação com todas as bancadas patronais para tratar do reajuste salarial e dos direitos da categoria.
“A Campanha Salarial 2024 está numa fase decisiva. Em 1º de setembro chega a nossa data-base e estamos cobrando dos grupos patronais para que apresentem propostas ainda este mês. Os acordos precisam ser assinados o quanto antes para garantir os ganhos dos metalúrgicos”, enfatiza ele.
Max Pinho, secretário-geral da FEM-CUT/SP, conta que apenas uma proposta formal foi apresentada pelos empresários, oferecendo apenas a reposição da inflação.
“No geral, o indicativo das bancadas patronais vem no sentido de propor a reposição da inflação, mas isso não é suficiente. Os metalúrgicos e metalúrgicas são os grandes responsáveis pela produção e pelo lucro das empresas e, nesse momento de negociação, vamos lutar para cobrar a nossa parte nesse processo. Não abrimos mão de aumento real nos salários”, diz o sindicalista.
Reunião
Em reunião realizada nesta quinta-feira (8), a direção da FEM-CUT/SP avaliou o andamento da Campanha Salarial e definiu intensificar a mobilização nas bases.
“Os sindicatos filiados estão engajados na Campanha Salarial e em constante contato com os trabalhadores. A partir de agora vamos ter uma mobilização ainda maior para pressionar as bancadas patronais. A força da categoria sempre garantiu bons resultados e desta vez não será diferente”, afirma Max.
Este ano, a Campanha Salarial tem como slogan “Unidade e Luta – Vamos Conquistar a Nossa Parte”. Já os principais eixos que serão negociados com as bancadas patronais são: 1. Valorização das Convenções Coletivas; 2. Reposição da Inflação; 3. Aumento Real; 4. Redução da Jornada de Trabalho Sem Redução de Salário; e 5. Redução dos Juros.