
Em encontro organizado pelas Centrais Sindicais, nesta última quinta feira (14), em São Paulo, cerca de duas mil pessoas se reuniram com o ex-presidente Lula e o ex-governador Geraldo Alckmin. No encontro os sindicalistas entregaram a pauta dos trabalhadores com propostas aprovadas na última Conferencia Nacional da Classe Trabalhadora (CONCLAT – 2022).

Ao receber o documento com as propostas, Lula elogiou o trabalho realizado pelas Centrais Sindicais e comentou “O que vocês estão apresentando é quase um programa de governo, de reconstrução do país”.
O secretário geral da FEM-CUT/SP, Ângelo Máximo de Oliveira Pinho, o Max Pinho, aproveitou esta matéria para relacionar o comentário do ex-presidente Lula com o slogan da campanha salarial desse ano da categoria “Juntos pela Reconstrução dos Direitos, dos Salários, da Democracia e do País”, que em sintonia com as propostas da classe trabalhadora os metalúrgicos da FEM também estão na luta pela reconstrução do país.
Ainda no encontro, o presidente do sindicato dos metalúrgicos do ABC, Moises Selerges, em discurso, lembrou o crescimento dos empregos industriais, o aumento dos salários na categoria e a participação da indústria no PIB Brasileiro durante o governo Lula e concluiu dizendo “Que o Brasil necessita urgentemente que o país cresça, que gere emprego e o compromisso que os metalúrgicos do ABC trazem aqui, é que você vai voltar pro governo carregado nos braços da classe trabalhadora desse país”.
O presidente da CUT, Sergio Nobre, discursou em nome das centrais sindicais e pediu que o próximo 1º de Maio seja uma data histórica para a democracia e para os trabalhadores. “Se nós queremos preparar nossa vitória em outubro, precisamos trabalhar muito a partir de agora. Na nossa agenda, iremos construir um grande 1º de maio em todas as capitais. Em São Paulo, iremos à Praça Charles Muller, com Lula e Alckmin. Vamos sair daqui para organizar os comitês de luta e dar consciência à população”, disse Nobre.
No discurso mais esperado, Lula lembrou o papel importante exercido pelas centrais sindicais durante os seus governos, com negociações difíceis que resultaram em 22 milhões de empregos com carteira assinada, a aprovação da política de correção do salário mínimo acima da inflação e a correção na tabela do IR. “Nós vamos instituir uma mesa de negociação permanente e vamos chamar os trabalhadores e os outros setores da sociedade como as universidades, vamos chamar as empresas para negociar e colocar a pauta a eles”, disse o ex-presidente Lula.
No encontro representaram os ramos da CUT, Moisés Selerges (Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC – filiado a FEM-CUT/SP), Devyd Bacelar (Coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros – FUP), Juvandia Moreira (Presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro – Contraf-CUT), Heleno Araújo (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE) e Aristides Veras (Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura Familiar – Contag).




