Aula inaugural da formação em parceria com a Escola Nacional Paulo Freire foi realizada nesta quarta-feira (26) com representação de seis sindicatos metalúrgicos da base da FEM-CUT/SP
O curso ‘Realidade Brasileira – Trabalho, Indústria e Desenvolvimento’, realizado pela Escola Nacional Paulo Freire, em parceria com a Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP), teve a sua aula inaugural nesta quarta-feira (26).
Pela FEM-CUT/SP, participam da formação dirigentes dos sindicatos do ABC, Bauru, Cajamar, Matão, Pindamonhangaba e Sorocaba, filiados à entidade.
Max Pinho, secretário-geral da FEM-CUT/SP, destaca que a formação é um processo importante e que foi uma resolução do 9º Congresso da entidade, realizado no ano passado, que criou, inclusive, o Coletivo de Formação.
“Essa parceria reforça o papel da FEM no programa de formação para qualificar os nossos dirigentes e, dessa maneira, fortalecer os sindicatos filiados no Estado de São Paulo para enfrentar as transformações no mundo do trabalho e as mudanças que vêm acontecendo nas indústrias com as novas tecnologias”.
O sindicalista também aponta que a formação tem o objetivo de preparar o futuro. “Com cursos como este, pensamos no futuro da indústria e dos empregos e ainda pensamos no futuro da organização e representação dos trabalhadores diante das mudanças apresentadas”.
O coordenador do Coletivo de Formação da FEM-CUT/SP, Jorge Lima, explica que a formação realizada pela entidade traz o conhecimento necessário para as lutas do mundo sindical.
“A importância do Curso Realidade Brasileira é de extrema importância para os dirigentes dos sindicatos filiados à FEM-CUT-SP discutir a industrialização desde o começo do Brasil até os dias de hoje. Traz um conhecimento para nossos dirigentes que poderá ser usado nas nossas campanhas salariais futuras”, afirma.
O coordenador de Política Sindical da entidade, Odirley Prado, enfatiza que o curso cumpre o papel de atualizar os dirigentes para a realidade. “Muitas vezes, não percebemos que já estamos vivenciando essa realidade. Porém, faz parte das nossas vidas e lutas diárias que temos que ter visando a luta de classe”.
Geane de Sousa Silva, dirigente dos Metalúrgicos do ABC, e Cida de Melo, diretora executiva da FEM-CUT/SP e metalúrgica do ABC, afirmam que o curso é fundamental para entender as mulheres no mundo do trabalho.
“A formação abre um leque de conhecimento para entendermos o quanto a mão de obra feminina é explorada e desvalorizada mais do a que os homens. As mulheres têm muito a contribuir e acrescentar no desenvolvimento das indústrias. Essa formação nos dá conteúdo e base para defender a contratação de um número maior de companheiras para o mercado de trabalho”, enfatizam.
Marcelo Teixeira de Oliveira, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Cajamar, fala que o curso, “na parte que abordou como o capitalismo e a exploração da mão de obra acabam funcionando, juntas, no intuito de beneficiar a burguesia, Karl Marx nos mostra na teoria a exploração através do capitalismo a vida dos trabalhadores”.
Sobre o curso
O curso ‘Realidade Brasileira – Trabalho, Indústria e Desenvolvimento’ terá duração de nove meses e tem como proposta capacitar os alunos para compreender e transformar a realidade brasileira. Ao todo, são módulos que compreendem aulas teóricas, atividades práticas, visita de campo, projetos de impacto social, oficinas e formação de formadores.
O cronograma da formação busca explorar a trajetória histórica da indústria brasileira, desde suas origens coloniais até os dias contemporâneos, destacando marcos históricos e desafios enfrentados.
Além da FEM-CUT/SP, o curso tem parceria da Universidade Federal do ABC (UFABC), o Instituto Tricontinental de Pesquisa Social e movimentos populares, como o Movimento Brasil Popular, os Comitês Populares, o Levante Popular da Juventude e o movimento sindical representado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
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