Sindicalistas realizaram reuniões com os grupos patronais do SIcetel, Sindicel e Siescomet; sindicatos realizam assembleia de mobilização em todo estado

As rodadas de negociações da Campanha Salarial 2022 da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) e dos 13 sindicatos filiados com os grupos patronais continuam a todo vapor. Na quarta-feira, 17, a reunião foi com o Sicetel e, nesta quinta-feira, 18, com as bancadas patronais do Sindicel e Siescomet.
Os dirigentes sindicais também já se reuniram com os grupos patronais do G2 (máquinas, aparelhos elétricos, eletrônicos), G3 (autopeças, forjaria e parafusos), G8.3 (artefatos de ferro, metais e ferramentas, materiais e equipamentos ferroviários e rodoviários, artefatos de metais não ferrosos), Sindratar (refrigeração, aquecimento e tratamento de ar), Fundição e Estamparia.
Com o avanço das negociações e a aproximação da data-base de 2022, em 1º de setembro, os sindicatos filiados à Federação estão realizando assembleia em todo o Estado de São Paulo e também distribuindo o Jornal da FEM.
Erick Silva, presidente da FEM-CUT/SP, destaca o trabalho dos sindicalistas nas negociações. “Os dirigentes dos nossos 13 sindicatos estão realizando um excelente trabalho nas mesas de negociações, sempre compatíveis e fiéis à pauta de reivindicações que foi aprovada pela categoria. Agora é hora de intensificarmos a unidade e a mobilização, só assim mostraremos para as bancadas patronais a nossa força e chegaremos a mais uma Campanha Salarial com vitória”.
Próximos passos
Uma reunião com toda diretoria e o conselho deliberativo da FEM-CUT/SP está marcada para o próximo dia 24. O encontro vai acontecer no Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba. Max Pinho, secretário geral da Federação, explica que será um importante momento para a Campanha Salarial.
“Cada passo da Campanha está sendo construída com a participação dos 13 sindicatos em todo estado, que têm demonstrado muita unidade e disposição para brigar pelos direitos das trabalhadoras e trabalhadores metalúrgicos. Estamos realizando as reuniões itinerantes para nos aproximarmos cada vez dos sindicatos e da base. No dia 24, faremos uma avaliação do andamento da Campanha e também vamos decidir quais os próximos passos”.
Inflação alta e patrão querendo parcelamento do reajuste
A data-base dos metalúrgicos do Estado de São Paulo fecha em 1º de setembro. Até o momento, considerando 11 meses, a categoria já acumula 9,16% de perdas com a inflação. O cálculo é baseado no Índice Nacional dos Preços ao Consumidor, o INPC.
Mesmo diante desse cenário de perdas, parte dos empresários tem sinalizado para propostas de parcelamento do reajuste salarial e também para o congelamento dos pisos e dos tetos salariais.
Para Erick, tais propostas são inaceitáveis. “Ao longo dos últimos 11 meses tivemos grandes perdas com a inflação e isso impacta diretamente no bolso dos trabalhadores, que cada vez mais têm dificuldades para manter as contas em dia e para colocar comida na mesa da família. As contas dos metalúrgicos não foram e não serão parceladas, por isso não é possível nenhum acordo que não garanta o reajuste salarial de forma integral e pago de uma só vez”.
Max Pinho, secretário geral da Federação, destaca que o custo de vida continua alto para os brasileiros. “A queda na inflação registrada no mês passado foi puxada principalmente pela redução nos preços dos combustíveis, uma medida desesperada e eleitoreira de Bolsonaro. Por outro lado, os alimentos tiveram alta de 1,31% e onde mais pesa para os trabalhadores e trabalhadoras”.
Ele completa enfatizando a importância da mobilização da categoria. “Temos que estar juntos nessa luta por uma Campanha Salarial vitoriosa. Mas para além da reposição salarial, temos que mudar o cenário político, elegendo pessoas comprometidas com a classe trabalhadora, para que possamos ter mudança e valorização do nosso trabalho, de fato. Por isso, em outubro é nosso compromisso votarmos em quem está do nosso lado”.
Fonte: Imprensa SMetal e Comunicação FEM-CUT/SP